quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Feriadão em Aracajú: nosso roteirinho

A pedido de Leti, que queria fazer uma viagem de carro, fomos passar o feriadão de 8 de dezembro em Aracajú.
 
Depois de definir o destino e fechar a hospedagem, foi hora de montar uma programaçãozinha para servir, pelo menos, de direcionamento durante nossa estada na deliciosa cidade sergipana.

Eis nosso pequeno roteiro.
 
DIA 01: CHEGADA
 
Para tentar encurtar a viagem para os pequenos, resolvemos viajar próximo à hora do almoço e fazer uma parada para comer em Praia do Forte, para que, depois do almoço, eles tirassem um cochilo e não sentissem tanto as 3 horas restantes necessárias até a chegada a Aracajú.
 
Almoçamos no Souza, uma moqueca deliciosa, pedimos prato infantil para os pequenos e seguimos viagem. Como previsto, as crianças dormiram quase até a chegada ao Radisson, hotel em Atalaia onde ficamos hospedados, e chegaram ainda preguiçosas para o que tinha planejado fazer no fim da tarde deste primeiro dia: visitar o Parque da Sementeira e o Planetário, o que nos fez adiar o programa para o dia seguinte.
 
Depois da ambientação, optamos por fazer um passeio a pé pela orla até o espaço Mundo da Criança, que Mateus estava doido para visitar.
 
Leti neste primeiro dia ainda estava um pouco sonolenta e pouco disposta a brincadeiras. Samir, então, retornou ao hotel mais cedo com ela, enquanto eu brincava um pouco com Teu no parquinho.
 
Jantamos no hotel, fizemos sessão de leitura, as crianças viram um pouco de TV e depois todos dormimos para acordarmos cedo no dia seguinte.


 

 




DIA 02: ORLA / PROJETO TAMAR / CROA DO GORÉ

A primeira coisa que fizemos no segundo dia foi visitar o Parque da Sementeira, na esperança de explorar o Planetário de Aracajú. Enorme foi a frustração ao chegar lá e ver o aviso na porta, informando que o Planetário não estaria aberto aquele dia por conta do feriado. Não encontrei site do Planetário, só um blog, e meio desatualizado, o que dificultou a coleta de informações sobre o funcionamento.
 
Aproveitamos que estávamos lá e curtimos um pouco os equipamentos instalados ao ar livre. Leti passeou pelo parque e se divertiu tocando o metalofone.
 
 

 

 
 
 
De lá seguimos para a orla, para o que ocorresse. Nosso compromisso fixo para o dia era visitar a Crôa do Goré, mas só depois do almoço, quando a maré estaria baixa.
 
Paramos o carro próximo ao Oceanário, tiramos a bicicleta do carro, e fomos para perto de uma das lagoas, onde havia uma criança brincando com um cachorro, acompanhada de suas mães.
 
Enquanto Teu brincava com a família, sob a vigilância de Samir, eu sondava o ambiente com Leti. Ela sempre opunha resistência ao que eu propunha, mas logo quis deitar no chão para olhar o céu, coisa que vez por outra fazemos próximo ao parquinho do nosso condomínio; depois vibrou com a possibilidade de lermos um livro e foi a êxtase quando anunciei que faríamos um piquenique.
 
Depois que o cachorrinho foi embora, Teu se divertiu com pombos, nos acompanhou na leitura e no piquenique, e depois aceitou meu convite para explorar os arredores pedalando a sua bicicleta.
 
  



 
 
 
 
O programa seguinte foi curtir os pedalinhos da lagoa, levando (em vão) um saquinho de ração para peixes. O passeio foi delicioso, mas não apareceu nenhum peixinho para comer nossa ração.
 
Como Leti não quis ir, ficou num banquinho sentada com Samir nos olhando, enquanto pedalávamos.
 

 
 
 
Do pedalinho fomos ao Oceanário onde funciona o Projeto Tamar. Por conta da condição de Leti, nem ela nem seu acompanhante pagaram ingresso.
 
Mateus estava eufórico e já entrou correndo, querendo bisbilhotar tudo. Leti, sempre mais cautelosa. Teu curtiu as tartarugas gigantes, as filhotinhas, os tubarões, o parquinho... Leti se esbaldou no tanque das tartarugas, onde só faltou mergulhar, de tanto brincar com a água.
 
Se divertiu com a brincadeira assustadora que Samir inventou ao passar pelo túnel de onde se conseguia ver o fundo de um aquário e espontaneamente brincou de esconder com Teteu quando o viu se esconder numa casca de ovo.
 
Estava visivelmente leve e feliz!
 
Como o Oceanário é pequeno e tínhamos compromisso para depois do almoço, ficamos pouco mais de uma hora por lá e foi suficiente!
 

 
 
De lá fomos almoçar no Carro de Bois, que ficava no meio do caminho para a Crôa do Goré.
 
O restaurante foi indicação de uma prima que super aprovamos. Comida deliciosa, atendimento excelente, e uma atenção especial a nossos pequenos, apesar de o restaurante não contar com entretenimento específico para crianças.
 
Teu tinha levado um regalinho que compramos na saída do Tamar e se distraiu com isso até a chegada do prato infantil, que, por sinal, foi rapidíssima. Leti, em todos os restaurantes, esperava pela comida vendo vídeos do youtube pelo celular. Foi a maneira que encontramos de deixar uma simples ida a um restaurante como um programa acessível a toda a família.
 
Para fechar com chave de ouro, na saída do restaurante havia uma tigela cheia de balinhas que chupava quando criança. Maior sabor de nostalgia...
 


 
Terminado o almoço, seguimos para a Crôa do Goré.
 
Samir colocou o endereço no google maps e fomos bater num restaurantezinho, onde havia um local com pequenos barcos que faziam a rápida travessia para o local. (há um lugar de onde parte um catamarã, mas não encontramos). Por 60 reais pagamos a ida e a volta de nó quatro.
 
A travessia é rapidinha, e o barco super tranquilo. Problema foi ajudar Leti a vencer o medo de entrar no barco. O acesso também não ajudava muito, já que o caminho, apesar de curtinho, é muito acidentado e cheio de pedrinhas, o que a deixou extremamente insegura.
 
Ela passou os 5 minutos da travessia tensa, agarrada em mim, mas, chegando lá, logo logo esqueceu do perrengue, aproveitando intensamento o local.
 
Este foi, sem dúvida, o passeio de que todos mais gostaram.
 
Trata-se de uma ilhazinha formada nos momentos de maré baixa, num ponto de encontro de águas do mar com o rio Vaza Barris.
 
O local estava bem ocupado, mas não lotado. Chegamos por volta de 15h.
 
Há um bar flutuante, mas não consumimos nada porque tínhamos acabado de almoçar, e estava rolando um som ao vivo muito agradável: rock pop dos anos 80/90. Eu adorei!
 
Leti e Teu primeiro se esbaldaram na areia, onde cavamos até formarmos duas piscininhas, e depois entraram no mar onde ficamos até a hora de ir embora. Água calma, morninha, com redes disponíveis a quem se interessar... Tudo de bom!
 
Curtimos com as crianças, conseguimos também simplesmente olhá-las de perto enquanto se divertiam juntas... Foi um programa delicioso! Daqueles que parecem ter sido reservados por Deus para proporcionar felicidade plena, num contexto de grandiosa simplicidade (seria isso possível?).
 
Não tenho palavras para descrever os momentos maravilhosos que compartilhamos ali.
 



 
 
Voltamos exaustos e aproveitamos para descansar um pouco no hotel. Teu e Samir ainda tiveram energia para tirar o sal na piscina, enquanto eu rebolava para tentar desembaraçar o cabelo de Leti no chuveiro...
 
À noite fomos jantar no Muratto, restaurante também indicado por minha prima e localizado a poucos metros do nosso hotel.
 
O restaurante abria às 19h e chegamos lá por volta de 18h45 porque pretendíamos voltar logo para dormirmos cedo.
 
Os garçons que já estavam lá foram super atenciosos e abriram o  restaurante, nos atendendo com muita gentileza e presteza. Samir gostou tanto do risoto de polvo que no último dia da viagem voltou para comer de novo.
 
Restaurante bonito, atendimento excelente, comida maravilhosa. Super aprovado!
 
 
 
DIA 03: MUSEU DA GENTE SERGIPANA / EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA / SHOPPINGS

Teteu passou mal a madrugada de sexta para sábado: tossiu muito e fez alguns episódios de vômito, expelindo catarro verde. Como ele não sabe expectorar, vira e mexe, faz vômitos quando está gripado.
 
Nossa programação inicial era visitar o Boa Luz no sábado, mas diante da condição dele, não tivemos coragem.
 
Depois de oportunizá-los um preguiçoso início de manhã, optamos por visitar o Museu da Gente Sergipana, programa super interessante e grátis em Aracajú.
 
No museu, tem-se a oportunidade de aprender, de maneira lúdica e interativa, um pouco mais sobre a cultura, a geografia, a gastronomia e o artesanato de Sergipe.
 
Lá vimos um pouco da vida das feiras sergipanas, dos seus cordéis, das suas expressões linguisticas, de brincadeiras e brinquedos típicos, sua vegetação, agricultura e pecuária, suas comidas típicas, seu artesanato, além de uma rica exposição de mamulengos.
 
Mateus amou a simulação de um passeio de barco, onde se visita os diversos tipos de vegetação de todo o Estado.
 
Ele e Leti adoraram a máquina com um joguinho que explorava a agricultura e a pecuária locais.
 
Teu se aventurou nos cordéis e na sala de brinquedos e brincadeiras, Leti curtiu o grande vão de entrada, decorado no topo com uma rede gigante recheada de itens típicos da região.
 
Foi um passeio muito rico e que vale muito à pena para assenhorar um pouco as crianças - e também os adultos - da história/geografia/arte/cultura do Estado de Sergipe.
 
Super recomendo!
 
 





 
Saímos de lá e fomos almoçar no Maini, restaurante peruano do mesmo grupo do Wanchako, de Maceió.
 
Que deliciosa surpresa!
 
Restaurante lindo, que nos relembrou a recente viagem ao Perú, com comida e atendimentos de excelência!
 

 


 
 
Seguindo orientação da pediatra de Teu, resolvemos levá-lo a uma emergência para que um médico pudesse auscultá-lo e examiná-lo criteriosamente.
 
Depois do almoço, Samir foi com Leti para o hotel e eu fui com Teu à clínica São Lucas, recomendada por um colega sergipano de Samir.
 
O atendimento foi rápido, a médica era baiana e conhecia a pediatra de Teu.
 
Depois de examiná-lo dos pés à cabeça, nos confortou, concluindo tratar-se só de uma virose, já que a ausculta estava limpa e não havia nada no ouvido ou garganta.
 
 
Como Leti estava cochilando quando voltamos e Teu estava super disposto, fomos dar uma volta na orla.
 
Ele brincou no mundo da criança, nos carrinhos elétricos e em uns infláveis montados por lá.
 


 
À noite, fomos ao Shopping ver os Smurfs da decoração de natal (confesso que a desculpa era levá-los mas acho que quem mais queria vê-los era eu).
 
Me confundi quanto ao shopping e acabamos parando no errado (Jardins). Para não perder a viagem, Teu brincou num espaço infantil, lemos o livro da Galinha Maricota que Leti ama e encontramos no espaço Saraiva montado na área de circulação do shopping e seguimos ao shopping certo.
 

 
No shopping Riomar, os meninos curtiram a parte central onde estava montada a decoração de natal, que, por sinal, estava liiiiiiiinda, antes da chegada do Papai Smurf, Smurfet e Desastrado para as fotos, depois do que Leti jantou e Teu brincou noutro espaço infantil. Incansável!
 


 
 
Para nós, a noite ainda acabou em pizza.
 
Voltamos para o hotel e paramos na Santa Pizza, colada parede com parede com o Radisson. Pizza de-li-ci-o-sa com um espaçozinho kids para as crianças se divertirem. Aprovadíssima!
 
DIA 04: BOA LUZ (último dia)

Como Mateus deu uma pequena melhorada e estava fora de risco, resolvemos manter o passeio ao Boa Luz.
 
Para nosso azar, domingo foi o dia menos ensolarado da nossa estadia em Aracajú e pegamos um pouco de chuva.
 
Para piorar, o carro quebrou e tivemos que nos locomover nos dois últimos dias da viagem de táxi/uber.
 
Fomos e voltamos de uber para o Boa Luz e foi super barato e tranquilo. À semelhança do Oceanário, Leti também não pagou entrada.
 
Achei o espaço relativamente vazio para um dia de domingo.
 
Fomos direto para a parte do parque aquático, onde ficamos até cerca de 14h.
 
Leti resistiu para entrar mas depois que entrou não queria mais sair da piscina.
 
O espaço é gostoso, com variados toboáguas e agradou muito aos pequenos. Teu foi em praticamente tudo! Não sei se agradaria a Lipe porque não tinha nada muito radical. Mas nós curtimos bastante, apesar de eu ter ficado com a sensação que o local já foi melhor cuidado.
 



 

Demos o almoço das crianças na área do parque aquático, comidinha caseira com carnes de churrasco, e comemos uns pastéis. Tudo bem gostosinho.
 
Depois do almoço, passeamos um pouco pela linda área verde do hotel fazenda, para esperar dar a hora da partida do trem que faz o tour pelo mini zoológico e pelo Vale dos Insetos e dos Dinossauros.
 






 
 
A área verde do parque foi a menina dos olhos pra mim. Vontade de fazer uma foto em cada cantinho. Já o Vale dos Insetos e dos Dinossauros foi a grande decepção. Tinha lembrança das áreas da vez que fomos com Lipe, há quase 10 anos, e achei tudo meio acabadinho...
 

 
Achei também que havia menos animais no mini zoo que da última vez. Ainda assim, foi uma experiência diferente para Teu ver o hipopótamo e a zebra com seus filhotes, além dos grandes urso e elefante, de pertinho. Valeu a visita!
 

 
 
Terminado o tour, já próximo às 16h, fomos embora. Fizemos um pit stop na Casa Alemã e voltamos para o hotel, onde dormimos cedo para voltarmos para Salvador no outro dia cedinho.
 

 
 
OBSERVAÇÕES FINAIS:
 
A alegria de Leti, durante toda viagem, fez tudo parecer especial para mim. Como ela foi o motivo da viagem, tudo que a agradou mais acabou tendo um peso maior na minha avaliação.
 
Confessada minha provável parcialidade, posso dizer que o passeio que mais curtimos foi o da Crôa do Goré.
 
A frustração da viagem foi não termos visitado o Planetário. Chegamos a ir lá duas vezes e estava fechado. O blog deles é péssimo! Acho que a visita seria ótima, mas me conformei que não era para ser dessa vez.
 
Amei os restaurantes que minha prima indicou. Comemos muito bem nos três e recomendo de olho fechado: Muratto, Maini e Carro de Bois. A pizzaria Santa Pizza também foi excelente!
 
Nosso hotel foi show! A decoração natalina-sertaneja estava originalmente linda. A localização é excelente! O atendimento impecável. E o café da manhã... hummmm... delicioso! Ah, ainda vimos Osvaldo Monenegro lá (ganhei o dia). Super recomendo o Radisson.
 








 
 
O Boa Luz não foi aquele mega passeio porque o espaço parece um pouco descuidado, mas, ainda assim, iria de novo. Valeu à pena!
 
Nem a virose de Teu, nem o problema do carro (que, diga-se de passagem, continua quebrado em Aracajú até hoje) tiraram o encanto da viagem. Amamos revisitar a capital sergipana!!!!!
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