quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Encontro Marcado

Hoje à noite, tenho um encontro. Este encontro está marcado há mais de um mês, e, agora que o dia chegou, uma expectativa enorme toma conta de mim.

Sei que depois deste encontro, minha vida nunca mais será a mesma. Que uma paixão arrebatadora tomará conta de mim e me transformará num ser humano melhor. Já passei por isso antes...

Sei que sobrará menos tempo para pensar em mim, para cuidar das minhas coisas, para descansar..., mas, ao mesmo tempo, estarei envolvida numa atmosfera de plenitude tão mágica, que nem perceberei que a minha disponibilidade para mim mesma estará tão reduzida.

Minhas prioridades mudarão e alguns minutos observando o meu novo amor dormir, por exemplo, me proporcionarão uma satisfação tão extrema que nem lembrarei dos novos filmes em cartaz no cinema.

Na verdade, desta vez, preferia que o encontro fosse mais inusitado, inesperado, sem data marcada, mas circunstâncias anteriores impuseram que fosse como será. E não deixarei que o momento perca seu encanto por conta disso. O mais importante é o nosso encontro!

Não vejo a hora de olhar meu novo amor nos olhos, carregá-lo em meu colo, alimentá-lo em meu seio. Já penso no aconchego que proporcionaremos um ao outro, na repercussão da sua chegada para nossa família, e em tudo de novo que aprendi nesta blogosfera e que quero pôr em prática com ele (como o banho de balde e os passeios de sling).

A maternidade é uma bênção e um desafio. Me sinto verdadeiramente abençoada por poder gerar meu terceiro filho, amá-lo tanto desde já, e estar disposta a dar tudo de mim para que ele venha reforçar, ainda mais, o verdadeiro sentido de família que conseguimos construir em nosso lar.

Seja muito bem vindo, me amor!



domingo, 22 de janeiro de 2012

Evolução, dieta e tal e coisa

Desde que escrevi o último post, sobre Lipe, já vinha idealizando o seguinte, que contaria as novidades de fim de ano da minha princesa.

É impressionante, mas em todo final de ano Leti desponta com uma aceleração em seu processo de desenvolvimento que deixa toda a família extasiada de felicidade.

Neste não foi diferente!

E neste, em particular, acho que alguns fatores favoreceram esta guinada. Primeiro, a mudança para a casa da minha mãe; segundo, o início do trabalho com uma fono nova.

A mudança a deixou mais grudada em mim, já que dormimos todos os dias juntinhas, e estreitou os laços com os meus pais. A mudança para uma casa, com escadas, desníveis entre cômodos e obstáculos, favoreceu seu desenvolvimento motor.

E essa evolução é notória (é claro que conta com o respaldo da excelente fisiotrerapeuta que a acompanha). Ela passa alguns obstáculos sem se segurar, supera os desníveis, sobe em sofás (emocionante! ela não fazia isso ainda...), e o melhor, sobe uma escadinha de 4 degraus, apoiando-se com as duas mãos no mesmo corrimão, sozinha. Pode parecer pouco, mas, para fim, foi uma evolução extremamente significativa!

O início do trabalho com a nova fono, há um mês, também foi um marco relevante. Não que o trabalho seja mágico e já apresente grandes resultados (embora eu acredite piamente que estes serão obtidos em breve). Mas o efeito em mim da mudança foi sensivelmente importante. E acho, sem falsa modéstia, que os resultados que obtivemos neste curto espaço de tempo, decorreram da minha conscientização sobre a necessidade da consistência nas abordagens com a minha pequena.

Ela já come sua banana de garfo (não o usava até então), pega água sozinha no bebedouro da casa da vovó, liga o liquidificador para fazer sua vitamina, ajuda a tirar a sua roupa antes do banho, tira meias e sapatos sozinha, fala frases com mais de cinco palavras, começa a ter noção de sequência de fatos (temos usado muito com a ela a expressão 'primeiro isso, depois aquilo', e ela compreende e espera), reconhece vogais e números de 1 a 10, reconhece cerca de 10 cores, pega melhor o lápis para desenhar, começa a fazer tranferência de líquidos em copos, começa a se interessar por quebra cabeças, escolhe, decididamente, que livros quer ver e que dvd quer assistir, diz (no contexto adequado) quando quer dormir, quando é colocada numa situação de escolher entre duas coisas, faz sua opção conscientemente...

Continua na estereotipia salivar que mencionei anteriormente, e parece que piora a cada dia. Em compensação, diminuiu as outras.

Continua ecolálica, mas tem conseguido aproveitar o que ouve, principamente em músicas, para favorecer sua comunicação.

Temos trabalhado sua motricidade fina com umas atividades com velcro que a fono preparou. Agora ela pediu para trabalharmos atividades artísticas com adesivos, pedindo-a que os cole em um espaço delimitado. Sugeriu também trabalharmos os livrinhos que ela gosta, associando as informações extraídas deles a outras extraídas de revistas, e fazendo colagens.

Ela tem orientado também a forma de alimentá-la, de modo a conter sua ansiedade e suas estereotipias.

Tão engraçado como ela assimila as coisas rápido. Temos colocado a comida aos poucos em seu prato, porque assim ela não consegue encher a colher. No segundo dia, ao perceber o prato esvaziando, ela já reivindicou: - a panela (porque sabia que o restante estava lá).

Ela está muito mais falante, andante, perspicaz, amorosa, e esperta!

Seu vocabulário está super extenso, incluindo substantivos, verbos e alguns conectivos.

Começamos a usar o penico, como uma preparação para o desfralde. Todos os dias, sua rotina inclui: alimentação principal (café, almoço e janta), penico e banho. A ideia era familiarizá-la com seus excrementos, já que a sensação que eu tinha era que ela não sabia o que era, e não percebia, seu xixi e seu cocô. Optei por não tentar o desfralde imediatamente, pelo fato de estarmos passando por uma fase de transição, fora do seu habitat. Mas acho que o exercício tem valido à pena. Antes, quando ela olhava para sua fralda de cocô, dizia que era chocolate (imagina o perigo!). Hoje, quando acaba sua refeição, já diz que quer fazer xixi. Nem sempre faz, é verdade. Precisa coincidir com a hora em que esteja com vontade. Mas, quando está, sempre deixa seu "bônus" no peniquinho.

Tem respondido bem às limitações da dieta. Estamos fazendo há quase dois meses e não tem sido sacrifício nenhum para ela. Ainda não estou vendo resultados, mas, de antemão, já sabia que os resultados não seriam imediatos, e que precisaríamos de alguns meses para percebê-los. Estabeleci um prazo de 6 meses e vou segui-lo à risca.

Ontem foi parar na emergência, porque vinha tendo um episódio de febre por dia, há uma semana, sem qualquer causa aparente que justificasse. Coletamos sangue, urina e fizemos raio X. O exame de sangue indicou uma infecção, mas nem o exame clínico, nem os demais, permitiram esclarecer de onde ela vinha. A médica prescreveu um antibiótico (clavulin) e pediu para observarmos. Se continuasse com febre depois de 48h da introdução do antibiótico, orientou que procurássemos um infectologista. Hoje já não teve febre. Graças a Deus!

Bem, era isso que eu queria compartilhar.

domingo, 15 de janeiro de 2012

E Lipe, por onde andava?

A mudança temporária para a casa de minha mãe não foi muito boa para Lipe.

Aconteceu justamente na época em que ele havia se enturmado com os garotos da idade dele do prédio, e que encontrá-lo na hora de voltar para casa ficava cada vez mais difícil.

Com a mudança, o seu dia, praticamente, estava se resumindo a TV/Video Game/Computador, com exceção dos dias em que Victor (filho de um casal amigo nosso, que se tornou grande amigo dele) e Sílvio (colega da escola) o convidavam para passar o dia em suas casas.

Tinha planos de fazer uma programação diferente com as crianças durante as férias, mas os compromissos com a mudança e a indisposição do final da gravidez acabaram por comprometer os meus planos.

Enfim, grande parte das férias dele foi passada em casa, diferentemente do que acho ideal, mas ele já está grandinho o suficiente para entender que as circunstâncias atuais nos impuseram férias diferentes neste ano.

Para compensar um pouco, ele foi novamente para a colônia de férias. Foram 9 dias, acompanhado de 150 crianças, e de uma equipe cuidadosamente montada para fazer daqueles dias inesquecíveis.

Ele, novamente, amou! E deve ser realmente sensacional. Fiquei com vontade de voltar no tempo para ter oportunidade de viver uma experiência como essa. Que bom poder proporcionar isso para meu filho...

As cartinhas desta vez foram mais curtas. A impressão que dava  é que não queria perder seu tempo precioso escrevendo. O tempo estava melhor (em junho choveu no dia em que saíram para acampar), haviam mais crianças, ele já conhecia o funcionamento da colônia, estava mais entrosado... Tudo favoreceu para que a temporada fosse ainda melhor que a anterior.

Quando fui buscá-lo, ele estava na porta esperando. Trocamos um longo, saudoso e apertado abraço.  Foi tão gostoso!!!!  Ele estava tão falante, me contando das brincadeiras, dos jogos, dos acampantes, das festas... Ele normalmente é tão econômico em seus comentários. Foi um momento de cumplicidade único! Ficamos o tempo todo andando juntos, de mãos dadas, conversando, compartilhando um pouco de tudo que ele viveu naqueles dias. Simplesmente delicioso!

Depois de um feedback tão intenso até me esqueci do vazio que senti na semana anterior.


foto tirada daqui: http://www.blog.oarraial.com.br/




Obs.: No blog, um pouco do que foi a temporada.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

37 SEMANAS

37 semanas!

Mateus não é mais um bebê prematuro! Está pesando 3.200kg (e eu engordei 14) e continua super ativo. Agora mesmo, enquanto escrevo este post, ele parece nadar em minha barriga. É delicioso e estranho ao mesmo tempo. Nem Lipe, nem Leti foram tão enérgicos! É tão esquisito ver minha barriga mexendo de um lado para o outro sem parar...

A fluxometria solicitada pela obstetra foi normal, ele está encaixadinho e amanhã tenho consulta com o anestesista.

Estou com uma leve anemia e super relapsa em relação aos cuidados pessoais: parei de tomar a vitamina; esqueci de tomar a segunda dose das vacinas (hepatite B e tétano); hidratantes, óleos e protetores solares são itens que não fazem parte do meu dia a dia; abandonei a atividade física e a dieta; continuo carregando Leti...; enfim; sou um excelente exemplo a NÃO ser seguido!

Estou um pouco inchada, mas bem menos que as vezes anteriores, minha respiração está mais ofegante que o normal e confesso que minha disposição para as atividades rotineiras reduziram sensivelmente.

Esse final de gestação é sempre tormentoso para mim.

As roupinhas do meu bebê estão lavadas, mas a mala ainda não está pronta. Ainda falta acertar uns pequenos detalhes do enxoval.

Ainda não sei se estaremos em nossa casa na data do parto. A empresa que contratamos para fazer TODOS os armários do apê novo faliu e, de um dia para o outro, vimos a expectativa da mudança frustrada e a perspectiva de reaver o dinheiro investido cada vez mais remota.

Superamos o trauma (pelo menos estamos todos com saúde e isso é o que realmente importa) e estamos tentando um plano B. Espero que dê certo, porque quero muito, muito, muito estar em minha casa quando meu filhote chegar.

Por enquanto, vamos continuando aqui na casa da mamãe...
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