segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Domingo Intenso

Ontem tivemos um dia extremamente gratificante!

Depois de inúmeras promessas para nós mesmos, conseguimos sair cedo de casa, para levar os pimpolhos à praia.

Com a derrubada das barracas, restaram poucas opções de praia que ofereçam uma estrutura que assegure um mínimo de conforto para as famílias, o que acaba inviabilizando o acesso às poucas remanescentes quando a chegada é um pouquinho mais tarde.

Fomos a Villas, para a praia Buraco da Velha. Conferimos a tábua de marés, organizamos toda a tralha da criançada, marcamos com um casal de amigos, e às 9 em ponto (cedo para nós, que tivemos que levantar às 6:30h, para estar na praia esse horário) já estávamos curtindo as piscininhas naturais formadas na praia.

Leti, como sempre, amou! Se deliciava curtindo a areia, a água do mar rasinha, o aviões que voavam baixo, a companhia da família... Ria sem qualquer motivo especial. Simplesmente por ter a oportunidade de curtir aquele momento. Chegou até a arriscar a interação com outras crianças, para tentar tomar seus brinquedos para brincar na areia (progresso para quem praticamente só experimenta interação com crianças desconhecidas para roubar comida). Cavou com uma pá, tentou formar bolinhos de areia e derrubava todos que eu fazia.

Se esbaldou tomando banho de mar. O pai insistia para tirá-la, preocupado com o sol, e ela o empurrava com a mão, para poder continuar comigo no banho.

Quando conseguimos tirá-la, fomos para nossa mesa, onde nossos amigos haviam alugado uma piscina inflável para seus filhotes.

A piscina estava límpida até minha pequena chegar e transformá-la num pedaço do mar, recheado de areia. Colocou tanta areia quanto pôde na piscininha, e depois levou brinquedos para completar a farra. Quando cansou, se deitou e ficou curtindo a maresia, na maior maresia...

Chupou picolé de cajá, bebeu bastante água de coco (ela ama) e, na hora de ir embora, tomou uma deliciosa chuveirada com o papai, para se preparar para o retorno.

Pensamos que dormiria no caminho. Quem disse? Chegou acordada, almoçou e só depois dormiu com o papai por duas horas seguidas.

No finalzinho da tarde fomos ao Shopping para levar Lipe, que não curte muito praia, ao cinema. Apesar do filme não ser muito apropriado para a idade dela - Deu a Louca na Chapeuzinho 2 -, ela foi junto nos acompanhando.

Com certeza ela tem não maturidade para compreender a história do filme, mas que ela se divertiu, divertiu, e muito! Dava tanta gargalhada, que eu ficava com medo d´ela poder ficar sem ar a qualquer momento. Chamou àtenção das pessoas ao nosso redor, tamanha era sua empolgação. Eu ria das gargalhadas dela. Delícia!

Lipe também adorou o filme!

Aproveitamos para ir na Livraria Cultura, porque Lipe queria comprar um livro novo de Zac Power. Lá, Lipe se deleitou lendo o livro que levaria para casa e ela ficou atônita, tentando explorar tudo ao mesmo tempo agora.

Foi um final de semana delicioso, pelo momentos impagáveis que passamos ao lado dos pequenos.



o boné foi pintado por ela para presentear o papai no dia dos pais








obs: acabamos não tirando foto do banho de mar, com medo de molhar a câmera.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Para não dizer que não falei das flores

Apesar da minha preocupação com o resgate de algumas estereotipias de Leti, não posso negar que ela tem apresentado avanços cognitivos que têm nos feito muito felizes.

Sei que não conseguirei enumerar todos, mas vou tentar lembrar-me de alguns, até para manter o registro para a posteridade.

I - Ela está aficcionada por controles remotos. Para não ficar na mesmice de pegá-los e levá-los à boca, comecei a apresentar-lhe outras opções de exploração: mostro os números e peço para apertá-los (óia nós trabalhando a matemática kkkk), tento transformá-lo em outras coisas, para exercitar seu jogo simbólico (seguro com as duas mãos, uma em cada extremidade e, fazendo um barulhinho de brummm, digo que estou dirigindo meu carro; pego com uma mão e o levo ao alto simulando um avião, fazendo um som sibilante). Pois bem. Muito despretensiosamente, na semana passada, quando ela estava com o controle na mão, pedi que fizesse o avião. Não é que ela fez?!?!?!?! #todomundobatepalmas 

Linda!!! Fez o movimento de vôo e ainda o sonzinho característico. Quase morro de felicidade!

Na mesma semana, ainda trabalhando os números, pedi que apertasse o 8, e depois o 5. E adivinha? Ela apertou!!!!! #maispalmas

O avião de controle remoto é uma demonstração de capacidade de abstração que abre portas para o exercício do jogo simbólico (faz de conta), da criatividade..., algo que estimulamos e desejamos muito. A identificação dos números é a comprovação de que ela possui uma capacidade intelectual que, no tempo certo, desabrochará em todo o seu potencial.

II- Ela sempre mostrou indiferença em relação aos coleguinhas da escola, nunca demonstrou interesse por nenhum específico. Pensava que ela sequer os distinguia. Dia desses, levando-a para a escola, puxei um papo cabeça (rs), instigando-a a falar sobre as pessoas da escola: perguntei quem abriria o portão, falei que entraríamos, iríamos para a sala, encontraríamos a pró... qual o nome da pró, Leti? Ela, até então, sem me dar muita bola. Aí falei dos coleguinhas. Só usei a expressão coleguinha, sem citar nomes. Perguntei: - que coleguinha você vai ver? Ela, toda animada, respondeu, sílaba por sílaba: - AN - TÔ - NIO!  Uau!!! Não posso perder essa oportunidade! - Quem mais, mamãe, vamos ver na escola? - Sopia. Mas ficou por aí. De outras vezes que perguntei (sem dar dicas, como a primeira sílaba do nome), ela sempre falou dos mesmos dois. Acho que rolou uma questão de afinidade. Talvez as pessoas não entendam, mas isso é um progresso extraordinário. É o início da construção de um vínculo afetivo, com pessoas que não integram sua família. LINDO, LINDO, LINDO!!!!!

III- Aprendeu a abrir a maçaneta da porta, para sair explorando os ambientes da casa, sem limitação. #perigo

IV- Ontem ela estava meio preguiçosa, só queria ficar deitada na cama, já sonolenta. Cantei uma música: "brilha brilha estrelinha; brilha brilha minha flor; ela é linda, muito linda; ela é Leti, meu amor." A música foi uma adaptação da titia Bida. Perguntei: - mamãe, quem canta essa música pra você? Ela, sem pestanejar, respondeu: titia Bida, alto e em bom tom. Godinha sabida da mamãe!

V - Finalmente despertou para desenhar, como anunciei aqui. Tem feito isso com prazer e propriedade (típica de uma iniciante nesta habilidade, é claro). Quando deseja, ela mesma pede: - quer desenhar, quer desenhar. - desenhar com quê, mamãe? - giz de cera. 

Linda! Dou o giz e ela se deleita em seus rabiscos. O problema é que não quer se limitar ao papel ou ao quadro; desenha no chão, no espelho, na blusa da mamãe, em qualquer lugar. E eu achando lindo (olha o risco de transformar essa garota numa sem limites...). Mas estou amando sua descoberta e não quero cercear, neste momento, sua iniciativa artística.

Hoje desenhei uma bola e pedi que pintasse dentro dela. Ela se esforçou para fazer todos os rabiscos dentro do círculo. Olha a coordenação motora...

VI - Quando não consegue pegar algo que quer, se aproxima de alguém que esteja perto, pega pela mão, e leva em direção ao objeto desejado, para que o pegue para ela. Autonomia! Antes, diante de tal frustração, se limitaria a ficar na estereotipia do balanço para frente e para trás.

VII - No final de semana, estávamos os quatro (ops, cinco) no carro, e, num contexto qualquer, Samir falou a palavra dinda (conversando comigo). Na mesma hora, ela falou: - din - do; Pe - peu; numa inequívoca associação à família da sua dinda.

Enfim, por enquanto, é isso! À medida que for me lembrando de mais coisas, vou catalogando para subsidiar um novo post.

Até lá.

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