segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Passada a turbulência...

O ano de 2017 acabou e eu acabei não voltando para elaborar mais as ideias que comecei a compartilhar neste post.

O fato é que a fase crônica de Leti passou e, por isso, eu esqueci de falar sobre as importantes constatações a que chegamos, depois de conversas com profissionais que a acompanham.

Tudo começou com uma consulta com sua homeopata.

Era início de novembro, e ela estava em uma de suas piores fases: dormindo mal, rendendo pouco, se machucando... por isso, cheguei aflita ao consultório, para buscar ajuda.

Depois de examiná-la, concordar que seus comportamentos estavam, realmente, preocupantes, e prescrever sequência homeopática, tintura mãe de passiflora e reiki, a médica levantou um ponto que até então não passara pela minha cabeça: Leti estava mais aberta ao mundo, mais conectada, poderia estar se dando conta da sua diferença frente a seus colegas e, inconscientemente, estava reprogramando seu sono (leia-se: ficando acordada de madrugada e dormindo profundamente pela manhã, hora de sua aula), para boicotar sua ida à escola e não encarar a situação.

Quanto ao fato de estar mais aberta, fui obrigada a concordar. Ela estava, de fato, mais comunicativa e as pessoas vinham percebendo isso. Mas a percepção da sua diferença, o boicote... Aquilo me pareceu tão improvável naquele momento! Confesso que achei uma viagem da nossa médica alternativa!

Daí marquei um horário para conversar com sua psicóloga, coisa que faço de tempos em tempos, para ter um feedback do trabalho por ela realizado.

No dia da minha sessão, Leti teve a sessão dela pela manhã e, no caminho, quando a levava, de uma hora para outra, ela começou a cantarolar uma música que, de início, não identifiquei. Depois de apurar os ouvidos, percebi que se tratava da música Ser Diferente é Normal, tocada pelo Grupo Canela Fina em alguns shows que assistimos. Fiquei impressionada porque não escutávamos aquela música há séculos e, dado o teor da letra, fique me perguntando se a médica teria uma pontinha de razão em suas ponderações.

Já introduzi a conversa com a psicóloga dizendo que estava pronta para comentar o "devaneio" da médica de Leti, quando me vi reavaliando o teor do meu comentário depois do incidente no carro naquela manhã.

Para minha surpresa, ela não achou a ponderação da médica tão improvável como eu havia achado.

Me explicava a maneira como vinha trabalhando com Leti, procurando identificar, através dos vídeos que ela pede para ver com frequência, a maneira como minha pequena vem se percebendo diante do mundo.

Trouxe o interesse recorrente pelas músicas do Pum (O ar), do pinguim e da foca, todas do álbum de Chico e Vinícius para Crianças, tentando mostrar que o que as três trazem em comum é algo relacionado ao corpo. O pum, como algo sem forma, como diz a letra da música, e o pinguim e a foca com seus corpos desengonçados.

Levantou a possibilidade de ela estar se dando conta das especificidades do seu corpo, das suas limitações, das semelhanças e diferenças em relação ao outro...

Me disse, inclusive, que certa vez, quando a temática entre elas era segredos, Leti, por ela instigada a revelar um segredo, disse-lhe, baixinho, ao ouvido, que queria ser bailarina. Acrescentando, ainda, que faria um 'pliê'.

Comecei a me lembrar dos dilemas que Leti repetidamente demonstra com questões que envolvem o corpo, como o desejo de brincar no balanço, de escorregar, de fazer balé (sim, ela já havia me dito que queria dançar balé antes)...

Várias foram as vezes em que repetiu, animadamente, que queria fazer uma destas coisas e, antes até que eu propusesse ajudá-la, ela recuava, dizendo que não queria mais.

Sempre ficava com aquela impressão que ela queria mas, por achar que não conseguiria, desistia de tentar.

Me atormenta um pouco pensar que teremos que lidar com questões tão profundas relacionadas à individualidade da minha pequena, sem conseguir dimensionar qual sua real percepção sobre estes aspectos.

Mas as colocações da psicóloga me pareceram muito pertinentes e fizeram-me concordar com a intensificação da terapia neste ano, para que Leti possa ter mais tempo e ajuda para elaborar suas questões e para que eu possa ter mais pistas de como ajudá-la.

Outro ponto que levantei na sessão foi minha frustração pela não-alfabetização no ano de 2017.

Já estava cheia de ideias e queria apenas um aval para colocá-las em prática: Leti trocaria a Ciranda Terapêutica pela Pedagógica, aumentaria as sessões individuais com a pedagoga e, assim, priorizaríamos o pedagógico para tentar alcançar a tão sonhada alfabetização este ano.

Neste ponto, ela fez pouquíssimas considerações e me pediu, apenas, que discutíssemos isso com toda a equipe. (já senti que ela estava achando minha proposta completamente absurda!)

Resolvemos, então, postergar a decisão para depois de uma reunião da equipe, que aconteceu no início de dezembro.

E, como eu imaginava, minha ideia não teve o acolhimento que eu esperava.

O que o grupo ponderou foi que Leti tem um ritmo próprio e um tempo relativamente curto de foco para atividades pedagógicas. Matriculá-la novamente na Ciranda Pedagógica, para que ela fique por 3 horas seguidas, duas vezes na semana, só vendo questões pedagógicas, não parecia producente. Levantaram ainda a questão de ela ter pedido para sair da pedagógica, o que não pode ser desconsiderado, e a necessidade de EU trabalhar a MINHA frustração, sem tentar exigir da minha filha mais do que ela pode dar.

O relato da equipe da escola (pró, coordenadora e psicóloga), neste momento, foi lindo!

Elas falavam, com conhecimento de causa, de todo o processo por que Leti passou no ano de 2017: dos seus avanços, das suas dificuldades, do seu carisma, da forma como ela conquistou seu espaço na escola, das expectativas em relação a suas conquistas futuras...

Ao final da reunião, resolvi que os planos terapêuticos para Leti em 2018 são: continuar na Ciranda Terapêutica, aumentar a terapia para 2 sessões semanais e aumentar o acompanhamento psicopedagógico para 3 sessões semanais.

Estou agora só pedindo a Deus que a nova professora tenha o mesmo comprometimento e a mesma competência da pró de 2017 para que possamos alcançar grandes resultados no ano que se inicia.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

40 sugestões de passeios para as crianças em Salvador



A combinação do lindo verão de Salvador com as férias escolares pede um pouco de criatividade para proporcionar a nossas crianças opções de lazer que saiam um pouco dos tradicionais muros dos shoppings centers.
 
Aqui vão 40 opções de lazer, já experimentadas por nossa família, e que podem ser adaptadas de acordo com o interesse e o ritmo de cada criança, para proporcionar um delicioso período de férias na magnífica cidade de Salvador.
 
Vamos conferir?
 
1. Dar uma volta no zoológico e fazer um piquenique no final;
 
2. Curtir a imensa a área verde do Parque da Cidade, de preferência, levando uma bike;
 
3. Dar uma caminhada no Campo Grande, correr atrás dos pombos e jogar comida para os peixinhos;
 
4. Levar o skate para curtir o calçadão da Barra;
 
5. Caminhar despretensiosamente pelo Rio Vermelho, comer um acarajé e tirar uma foto com Jorge Amado e Zélia Gattai;
 
6. Curtir o Ruas de Lazer do Dique do Tororó num domingo de manhã, andar de pedalinho, (tentar) pescar um peixe e fechar com chave de ouro com um almoço na Porteira;
 
7. Passar um fim de tarde na Praça Ana Lúcia Magalhães, em cima de uma toalha aberta na grama,de preferência lendo um livro, enquanto as crianças correm livres;
 
8. Andar de pedalinho no Parque de Pituaçu ou, para os maiores, completar a trilha de bike;
 
9. Se surpreender com o acervo super kids friendly do Museu Geológico;
 
10. Explorar as mediações entre o Pelourinho e o Carmo, descer e subir o Plano Inclinado e finalizar com um delicioso lanche no charmosíssimo Cafelier;
 
11. Andar, sem pressa e sem roteiro, pelo Pelourinho (sempre haverá algo legal para ver no meio do caminho);
 
12. Pintar no MAM num fim de tarde de domingo;
 
13. Empinar pipa nas dunas do Abaeté;
 
14. Pedalar nas ciclovias da orla da cidade;
 
15. Conhecer o rico acervo do Museu Náutico;
 
16. Conhecer o artesanato do Mercado Modelo, subir o Elevador Lacerda e tomar um sorvete na Cubana;
 
17. Ver o pôr do sol do Humaitá;
 
18. Prender uma fitinha na Igreja do Bonfim;
 
19. Ir até a Ribeira, pegar um barco para almoçar no Boca de Galinha, retornar de barco e tomar um sorvete de sobremesa na Sorveteria da Ribeira;
 
20. Visitar o Museu da Misericórdia, aprender um pouco de história com a visita guiada e se encantar com a deslumbrante vista da Baía de Todos os Santos;
 
21. Explorar todo tipo de esporte sobre rodas na Magalhães Neto numa tarde de domingo;
 
22. Jogar bola na quadra na Praça Flora;
 
23. Visitar a linda Casa de Jorge Amado no Rio Vermelho;
 
24. Almoçar na Casa Di Vina, e explorar cada detalhe da vida de Vinícius de Moraes ali preservado, enquanto as crianças aproveitam a área verde e o parquinho;
 
25. Passar uma tarde no Palacete das Artes, visitar suas obras e não deixar de experimentar um dos deliciosos crepes servidos em se Café;
 
26. Passar uma tarde em Itapuã;
 
27. Se impressionar com o Espaço Pierre Verger, no Forte Santa Maria, de preferência numa quarta-feira, quando a entrada é grátis;
 
28. Aproveitar o mesmo ingresso e visitar o Espaço Carybé de Artes no Forte São Diogo;
 
29. Dar uma volta no Passeio Público, de preferência num dia em que haja um espetáculo legal no Teatro Vila Velha;
 
30. Aproveitar uma das maravilhosas exposições e/ou apresentações da Caixa Cultural;
 
31. Visitar o Museu de Jorge Amado no Pelourinho;
 
32. Aproveitar algum espetáculo no teatro da Aliança Francesa e não deixar de fazer um lanchinho antes no Café, com a maravilhosa vista da Baía de Todos os Santos;
 
33. Conhecer o divino espaço Carybé no Museu Afro-Brasileiro no Pelourinho;
 
34. Passar uma manhã de domingo no Museu For The Children;
 
35. Assistir a um espetáculo no SESC do Rio Vermelho e encerrar a tarde com um sorvete na A Cubana ou com um hambúrguer do Jamm Burguers, do novo Mercado do Peixe;
 
36. Caminhar sem rumo pela Barra à noite e parar para comer uma pizza na Quattro Amici;
 
37. Experimentar frutas exóticas ou culinária de diversos tipos na Ceasa do Rio Vermelho;
 
38. Descobrir a Sala de Estar de Bel Borba no Parque da Cidade;
 
39. Brincar de pega-pega na Pracinha do Loteamento Aquárius;
 
40. Aproveitar alguma exposição legal do Museu de Arte da Bahia.
 
A lista tem 40 indicações mas poderiam ser muito mais. Ainda faltam as diversas praias da cidade, os deliciosos lugares no entorno de Salvador, maravilhosos espaços privados voltados à preservação da infância, feiras de troca de brinquedos e livros em épocas específicas, bailinhos de carnaval e São João, espaços maravilhosos que só abre em datas determinadas...
 
Enfim, há um mundo de possibilidades para nossas crianças em Salvador...
 
Você tem alguma dica a mais? Manda pra mim!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...