sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Férias, Família e Felicidade

Antes de acertarmos a inusitada viagem de réveillon, planejávamos passar uns dias em Praia do Forte com as crianças no período que coincidiria o início das minhas férias com o final das de Samir. Buscávamos um lugar frente mar, próximo à vila e com um preço pagável para o verão da Bahia.
 
Chegamos a reavaliar depois que voltamos de Imabassahy, por conta da despesa extra, mas eu sentia uma grande necessidade de estarmos juntos, só nós cinco.
 
Por conta da experiência anterior, tínhamos acordado (eu e Samir) que novamente iríamos sem nossa fiel e escudeira secretária, que se encarrega dos deliciosos quitutes do nosso lar há mais de 5 anos, embora antes tivéssemos aventado a possibilidade de levá-la.
 
Conseguimos, por intermédio de uma amiga do trabalho, um vilage simples, de dois quartos, pé na areia, e a poucos passos da vila, uma semana antes da data pretendida. Exatamente o que precisávamos!
 
Tivemos um pouco mais de tempo para arrumar a bagagem, o que permitiu uma melhor organização da logística alimentar para os dias da viagem. Levamos de casa, de novo, a comidinha de Leti e de Mateus, com uma variedade um pouco maior, coisinhas para o nosso café da manhã e ingredientes para eu preparar um jantarzinho especial para os "grandes", em uma das noites que estivéssemos lá.
 
Quando chegamos lá, no final da tarde de segunda feira, me apaixonei instantaneamente pelo lugar. Que energia!!! Senti que teríamos dias incríveis ali até quinta feira, quando iríamos embora, fechando com chaves de ouro as férias do maridão. E não me enganei.
 
 
 
Pensava em talvez visitar a Praia do Lord, um pouco mais distante, mas não vimos necessidade, por conta da delícia que a Praia do Portinho, em frente ao vilage, ficava nos momentos de maré baixa, com suas piscininhas cheias de peixes. Imaginei também visitar o Projeto Tamar num final de tarde (já que em todas as vezes que fomos foi embaixo de sol forte), fazer um piquenique no Castelo Garcia d´Ávila e, talvez, conhecer a Reserva Sapiranga.
 
Da programação avulsa só fomos ao Tamar. O castelo estava certo para o último dia, mas Leti passou muito mal durante a madrugada, com diarreia e vômitos, o que nos fez antecipar o retorno para casa, deixando a programação do dia em aberto.
 
Nossos dias lá foram regados a muita água, cor e areia. Água do mar, da piscina e dos balões de soprar, que renderam batalhas divertidíssimas; areia da praia e do Projeto Tamar, que proporcionaram deliciosas experiências sensoriais; cores de tintas, de lápis de cor, de massas de modelar, do sol, do mar, da grama, da paz ao anoitecer.
 







 
 
Lá tivemos oportunidade de brincar sem hora pra parar, de curtir a companhia da nossa família, de respeitar o tempo e o desejo de cada um dos nossos filhos, de nos ajudar, de viver o ócio...
 
Fomos à praia cedo só com os pequenos, enquanto Lipe dormia; os "homens" foram à vila, enquanto fiz companhia a Leti, que preferiu voltar ao vilage para assistir desenho; fui, com Teteu, acompanhar Lipe no para-sail, enquanto Samir pageava o sono de Leti; Lipe ficou de sobreaviso uma noite para podermos ter uma noite de casal...
 
E tudo funcionou perfeitamente bem! Impressionante como dá leveza à viagem ter um olhar especial para a individualidade de cada filho, para seus interesses, seu tempo...
 
Leti resiste muito a sair da sua zona de conforto. Às vezes porque de fato não quer algo, outras simplesmente por comodidade. No primeiro dia em que fomos à praia, ela bateu pé que não queria ir, embora tivéssemos certeza que ela curtiria o passeio.
 
Samir seguiu na frente com Mateus e fiquei um pouco com ela para que, no seu tempo, pudéssemos fazer o nosso passeio sem traumas. Depois de um pouco de conversa e de avistarmos Samir e Teteu na praia, da varanda do quarto, no primeiro andar, (o que levou cerca de 15 minutos), ela topou ir comigo para a praia, de onde não queria sair na hora de ir embora.
 
O mesmo aconteceu em dois outros episódios: 1) Na primeira noite, queríamos ir à vila para comer uma coisinha. Ela já tinha jantado e insistia em ficar "em casa". Conversamos um pouco e combinei que iríamos, para ela ver do que se tratava e, caso ela efetivamente quisesse voltar, eu voltaria com ela. No meio do caminho ela empacou dizendo que queria voltar. Como sou uma mulher de palavra, me preparei para voltar com ela, quando Samir e Lipe ameaçaram desistir do passeio. Em comum acordo, resolvemos que eles continuariam com Teu e apenas eu voltaria com Leti. No caminho de volta ainda sentamos num banco por uns minutos para ouvirmos uma música ao vivo que tocava num bar, e depois retomamos nosso caminho de volta, quando aproveitei para reforçar que estávamos voltando conforme havíamos combinado. 2) No dia do Projeto Tamar ela também resistiu para sair. Respeitamos um pouco seu tempo e seguimos todos pra lá. Ela não curtiu muito a visita aos animais e queria ficar se lambuzando na areia o tempo inteiro. Combinamos que faríamos um passeio curto e depois iríamos ao "lugar de brincar na areia". Apesar d´ela vez por outra tentar se esparramar no chão para manipular a areia, deu a voltinha conforme o combinado, até irmos para onde queria.
 
E, no frigir dos ovos, o deslumbre do cenário de Praia do Forte, com todas as suas belezas naturais e opções de lazer, foi um mero detalhe para o que, de fato, marcará a minha memória nesta nossa pequena viagem: as pinturas na grama, as guerras de balões cheios d´água regadas a gargalhadas intermináveis, a louça espontaneamente lavada pelo marido depois do preparo do jantar especial, super aprovado por ele e por Lipe, as leituras na rede para os pequenos, os sorrisos da minha princesa, a adrenalina por Lipe no paraquedas preso na lancha, os momentos de cumplicidade que só um momento a sós num lugar especial pode inspirar.
 
















 

2 comentários:

Flavia disse...

Lindo Jana; como tudo que leio escrito por vc. Dias especiais pq foram vividos por gente especial.

Roberval Mascarenhas disse...

Maravilha Jana. Uma benção DIVINA.

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