domingo, 7 de junho de 2015

Meu pedido ao Mágico de Oz

A vontade é de escrever detalhadamente sobre o maravilhoso fim de semana que rolou por aqui, mas, diante do risco da informação mais importante se perder no turbilhão de emoções, preferi fazer este post destacado e, num outro, logo a seguir, falar sobre o resto.
Hoje foi dia de teatro!
Até aí, nada demais. Teatro é algo comum de acontecer por aqui. Principalmente quando se trata de espetáculo infantil.
Mas este espetáculo foi diferente! Foi produzido e patrocinado pela escola dos meus pequenos, e tinha no elenco as duas filhas de uma amiga super querida.
Oh, sim, já era um grande indício de que seria um programa especialmente diferente. Mas ainda não foi isso que me fez querer escrever sobre este momento em particular do nosso fim de semana em separado.
Ao longo da semana, as mães de algumas coleguinhas de Leti marcavam, no grupo do Whatsapp, um encontro das crianças no teatro hoje.
Leti, este ano, pela primeira vez, tem mostrado interesse por seus colegas, tanto da escola como da Ciranda. Ainda está longe daquilo que considero ideal, já que ela não os busca para brincar ou para uma interação muito funcional. Mas o interesse é o ponto de partida. E estou me agarrando com unhas e dentes a esta oportunidade, procurando, é claro, respeitar as limitações da minha pequena. Assim, unimos o útil ao agradável e fomos ao teatro.
Antes de entrarmos na sala, encontramos uma colega sua na bilheteria que, aparentemente tímida, buscava o apoio da mãe e irmã para chamar a atenção de Leti, até o momento em que trocaram um aceno. Lindo perceber a questão que fez de procurar um contato com minha pequena  (me segura que vou morrer - 1).
Quando entramos, Sophia, sua colega, que estava acompanhada da simpaticíssima mãe, havia guardado um lugar para Leti ao seu lado (me segura que vou morrer - 2).
Durante todo o espetáculo, dos momentos em que Leti estava tranquila aos que beirava ao chilique, pedindo lanche, Sophia se mantinha tranquila, ao seu lado, sempre lhe buscando para fazer um carinho. E até quando Leti tentou lhe morder (sim, isto, apesar de raro, aconteceu), Sophia, muito tranquilamente, lhe respondeu, sem perder o mesmo tom carinhoso: - Leti, você sabe que não pode morder (me segura que vou morrer - 3).
Terminado o espetáculo, uma atriz mirim (confesso que, como ainda não conheço todos os colegas de Leti, não sei se ela é da sua turma) chamou por Leti com um vigor e um carinho tão grande que encheram meu coração de emoção  (me segura que vou morrer - 4). Fomos cumprimentá-la pelo desempenho no espetáculo e aproveitamos para tirar uma foto.
Na saída, enquanto dava o lanche de Leti e Mateus, suas coleguinhas que ainda estavam lá (o único colega que foi estava molinho sentado na cadeira ao lado) foram convidá-la para comer uma pizza nas mediações.
Como a relação de Leti com a comida é muito conflituosa, e eu não sabia quanto tempo duraria o programa, achei melhor declinar do convite, rezando para não entenderem a negativa como uma indelicadeza.
Foi a primeira vez que Leti teve um contato efetivo com colegas fora da escola. É claro que ela já havia encontrado colegas em momentos de lazer antes, fora da escola, mas nunca foi tão receptiva ao contato e nunca tinha sido tão bem acolhida (leia-se, tão buscada pelos colegas).
Fiquei emocionada de perceber o tamanho do carinho que aquelas crianças, mesmo despretensiosamente, dedicam a minha preciosa filhota.
E , saindo do espetáculo Os Meninos de Oz, gostaria apenas de retornar à Cidade das Esmeraldas e pedir ao Mágico de Oz que perpetue, e amplie, momentos como este na vida da minha pequena.

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