segunda-feira, 11 de maio de 2015

Comunicante

Hoje, enquanto arrumava Leti para ir à Ciranda Pedagógica, ela relutava e dizia:

" - Fulano, não! Fulano belisca e bate".

Achei curiosa a referência mas a única coisa que me passava pela cabeça era uma alegria por Leti estar identificando seus colegas por suas características, como o "Beltrano que gosta de correr" do outro dia.

Mas ela estava muito insistente e resistente.

Então lhe perguntei se o Fulano havia lhe batido.

E ela confirmou: "- Fulano bate em Leti".

Orientei que se acontecesse, ela falasse num tom sério: "- Fulano, não gostei que me bateu", e que se não resolvesse procurasse Dudu.

Mas, obviamente, ao deixa-la lá, desci para saber o que de fato tinha acontecido.

O tal Fulano, de aproximadamente 12 anos, tinha chegado mais agitado na última quinta feira, um pouco desorganizado porque vinha de um parque desses de shopping e acabou batendo em Leti, que chorou com a agressão.

Disseram que não foi muito forte, mas ela sentiu.

Chamaram ele, promoveram um pedido de desculpas, explicaram a Leti o que havia acontecido e pronto.

Mas para Leti não ficou enterrado. Ela compartilhou em casa e, apesar de tudo ter se originado de uma agressão (ainda que leve), perceber que minha filha conseguiu comunicar o seu desagrado em casa, dias depois do ocorrido, me deixou IMENSAMENTE FELIZ!

Depois que me explicaram o que havia ocorrido, antes de ir embora, fiz questão de voltar para dizer a Leti que tinha conversado com Gabi e que ela tinha explicado o que tinha acontecido. Que naquele dia Fulano estava chateado e, por isso, tinha batido nela, mas que isso não iria acontecer de novo. E, caso acontecesse, ela deveria falar sério com ele que não tinha gostado, e contar a Gabi.

Senti seu olhar de atenção e gratidão pelo apoio. E uma enorme sensação de que uma nova etapa no processo comunicativo da minha filhota se inicia...

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