quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

BUENOS AIRES – DIA 1

Muita expectativa em torno da viagem. Quase uma excursão de tanta gente: nós, irmã e família, mãe e pai, sogra da irmã e cunhado. No total, 13 pessoas.

Muita expectativa em torno do comportamento das crianças na viagem. Leti e Mateus maiorzinhos. Lipe, um rapaz.

No aeroporto, para marcar o início da viagem, Leti fez xixi sentada na cadeira. Momento tenso! Confesso que fiquei preocupada com o andar da carruagem, e, a pedido dela, acabei cedendo ao uso da fralda pelo resto da viagem.

Chegamos ao aeroporto de Ezeiza (depois de achar que estávamos prestes a encarar a morte em 3 gerações  no avião) às 19h.

Para chegar ao hotel, optamos por uma vã por conta da quantidade de pessoas. E foi uma boa escolha, que nos custou 1.600 pesos.

A economia da Argentina está frágil, achei as coisas muito mais caras que da última vez. Paguei, indignada, R$ 9,00 por uma água mineral no aeroporto. Em todo lugar aceitam real, o que facilita as coisas para os desavisados que chegam ao país sem a moeda local no bolso. O câmbio no hotel (0,25) foi mais barato que no aeroporto (0,38).

Como chegamos tarde, deixamos as malas no hotel e saímos, a pé, para jantar. A ideia era parar no Hard Rock Café, no Buenos Aires Design, a 800m do hotel, mas a espera era de mais de uma hora e o local estava muito barulhento para os pequenos. Por isso, optamos por um dos diversos restaurantes do Shopping que, por sinal, para um dia de quarta feira, estava movimentadíssimo!

Mateus, exausto, dormiu antes da janta chegar; Leti, além de aguardar e dar cabo de sua comida, voltou alegre, sorridente e a pé para o hotel, onde só dormiu depois de 1 hora da manhã.

Com Leti, os grandes desafios da viagem seriam: lidar com o controle dos esfíncteres, com o sono e com sua resistência ao que não queria fazer.

Em relação aos esfíncteres, o primeiro dia foi nota 10! Tirou a fralda que ainda usa para dormir ao acordar e só colocou de novo quando chegamos ao hotel. Usou o banheiro no hotel antes de sair, no restaurante na hora do almoço (e fez até o número 2) e no Museo de los Niños. Fiquei emocionada e feliz com a sua postura de mocinha!

Quanto ao sono, a batalha foi mais dura. Dormiu pouquíssimo da quarta para a quinta, de quase uma da manhã até às cinco. Depois do almoço estava irritadíssima de sono e foi difícil manter a decisão de entretê-la para não dormir. Mas deu certo. Só dormiu às 19h, depois da programação vespertina, levou a noite inteira e só acordou às 5:30h.

Fora alguns poucos momentos em que tentou se jogar no chão, se comportou super bem durante o dia.

Pela manhã, fomos aos Bosques de Palermo e Rosedal. Sinceramente, não consegui identificar onde começava um e terminava o outro. Mas não fez a menor diferença. O lugar é espetacularmente lindo! E, mesmo com o sol de rachar, conseguimos aproveitar bastante! Fizemos um passeio de charrete ao redor do parque logo ao chegar, por volta de 11h. O passeio nos deu uma visão panorâmica do espaço para que escolhêssemos o que queríamos ver com mais tempo, já que é impossível percorrer tudo (principalmente no calor típico de quase meio dia).






Caminhamos pelo bosque, lanchamos à beira da lagoa, brincamos com bolinhas de sabão, corremos, andamos de pedalinho, chupamos picolé, bebemos muita, muita, muita água.

De lá seguimos para almoçar no La Payuca, sugestão do blog Buenos Aires para Niños (link aqui). O que determinou a escolha foi o espaço infantil do restaurante. Um brinquedão com piscina de bolinhas, totó, jogos eletrônicos, mesinhas para desenhar, jogos educativos... A brincadeira custava 50 pesos, mas o consumo de um prato infantil liberava a taxa. No restaurante havia a opção de menu executivo, a 129 pesos, salvo engano. Quase todos foram no tradicional bife de chorizo. A comida é boa, mas nada de excepcional. Como sobremesa do menu executivo, flã e sorvetes. A melhor opção foi a que escolhi, o sorvete de doce de leite. Muito bom!O restaurante é grande, bonito, tem uma comida e um serviço razoável, mas o entretenimento para as crianças compensa tudo!





De lá fomos ao Shopping Abasto, visitar o Museo de los Niños.

Já tinham me falado que o lugar era bom. Mas não imaginei que fosse tanto! Até Lipe curtiu.

Vários espaços temáticos para as crianças experimentarem diferentes atividades realizadas pelos adultos: supermercado, banco, lanchonete, tribunal, consultório odontológico, centro de saúde, rádio, docas, rádio...

Mateus enlouqueceu quando viu o supermercado. Convencê-lo a sair de lá foi um processo. Fazê-lo entender que não poderia levar as compras, outro muito pior. Leti, que estava sonolenta por ter dormido pouco à noite, ficou super acesa! Curtiu o supermercado, o tribunal, o centro de preparação do leite, o consultório odontológico, a livraria... Ficou encantada quando viu o livro de João e Maria em espanhol.

Mateus relutava para sair de cada ambiente, mas quando chegava no próximo curtia até o esgotamento. Foi delicioso acompanhar a alegria deles e curtir junto com eles. Mateus saiu todo estropeado: caiu no parquinho externo e ralou a testa, caiu no campinho de futebol e ralou o nariz..., Lipe se machucou num outro brinquedo e ficou com uma laranja no cotovelo, mas, no fim, todos saíram felizes da vida!

O lugar é MARAVILHOSO!!!!

Acessibilidade ótima, com rampas de acesso a todos os lugares, e entrada gratuita para deficientes e acompanhante, sem burocracia. Levei o atestado de Leti e não pagamos o ingresso.

Recomendo demais! Montamos corpo humano, tratamos dentes, levantamos carga, tratamos leite, jogamos bola, cantamos na rádio, lemos livros... Foi uma experiência sensacional!!!







Samir deu a janta de Leti lá no shopping enquanto eu curtia os últimos instantes com Mateus e, em seguida, voltamos ao hotel.

Leti chegou dormindo (às 19h) e só acordou  às 5:40h do dia seguinte. Mateus dormiu por volta de 21h. 

E lá se foi o nosso primeiro dia...



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