quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Cocô em doses homeopáticas

Dos meus 3 filhos, sem dúvida, Teteu foi o que deu menos trabalho no desfralde.

Demorei um pouco para iniciar porque esperei ele garantir um pouco mais a fala para introduzir esta mudança tão significativa na vida de um bebê.

Até então, ele sempre nos acompanhava quando levava Leti ao banheiro e, vez por outra, de pura graça, se sentava no penico mas não fazia nada.

Então, há pouco mais de 1 mês, quando nossa vida normalizou com a nova babá, comecei o processo de desfralde. Primeiro em casa, depois na escola. 

Foi tudo muito rápido e tranquilo.

Mateus é uma graça! Tudo para ele é motivo de festa! Quando quer fazer xixi, me chama repetindo "xixi, xixi, xixi...", rindo e correndo para o penico.

Apesar de já ter em casa penico e redutor de assento (de Leti), quis comprar um peniquinho novo, só dele, para significar melhor o momento para ele. E acho que isso foi importante.

Rarissimamente, quando está muito envolvido em alguma atividade, ocorrem deslizes com o xixi fora do lugar. Normalmente pede para fazer ou, quando não pede, fica segurando o pinto (com meninos é tão mais fácil) e o levamos  ao banheiro.

No início fazia sentado. Quando o colocava em pé e o xixi não saía imediatamente, logo dizia que não tinha xixi e saía do banheiro, impaciente.

Comecei a colocá-lo sentado e a envolvê-lo com outras coisas para dar tempo do xixi chegar. Deu certo!

Depois de um tempo, ele mesmo começou a fazer de pé.

Pouco depois que tirei a fralda diurna, percebi que estava acordando de fralda seca. Então resolvi tirar a noturna também. E, da mesma forma, deu super certo!

Fiquei impressionada porque com Lipe eu precisava acordá-lo à noite para fazer xixi, senão fazia na cama e com Teteu não precisei.

Como a retirada foi um reflexo da constatação do seu controle noturno, nunca precisei acordá-lo para levá-lo ao banheiro. E a cama nunca amanheceu molhada!!!

É bem verdade que quando ele dorme muito cedo e tem que tomar leite dormindo para não ficar com fome, acabo colocando a fralda para evitar que acorde molhado, afinal, está tudo muito recente ainda. Mas em 90% dos casos (que já são poucos) a fralda, ainda assim, amanhace sequinha.

Em compensação, quando acorda, quase enche o penico de xixi.

Como o cocô, como sempre, foi diferente.

Quando coincidia da vontade vir na hora que estava no penico, ótimo! Mas na maioria das vezes não era bem assim. E ele, que tinha um intestino funcionando mais ou menos 3 vezes por dia, reduziu drasticamente esta regularidade.

Várias vezes fez na cueca.

Uma vez, ao fazer no penico, o cocô foi tão volumoso que encostou no seu bumbum. Ele levantou estrassado, pedindo para jogar no vaso. Depois deste dia ficou um tempão sem querer fazer no penico. Tentei levá-lo diretamente ao vaso, mas não aceitou a oferta.

Então eis que ontem percebi que ele estava pegando muito no bumbum e sugeri que fosse fazer cocô. Fiquei surpresa quando aceitou e me acompanhou ao banheiro.

Foi muito engraçado! Sentou no penico, fez força e se abaixou para ficar olhando o bumbum. Quando o cocô saiu,  levantou e pediu que jogasse no vaso. Perguntei se tinha mais e pedi que sentasse. Sentou e, de novo, a mesma coisa: sentou, olhou, levantou, pediu para jogar no vaso. E outra vez, e outra e outra! A cada vez, comentários quanto ao tamanho das fezes: gaaande!!! nininho!!!! Sem qualquer exagero, sentou-se e levantou-se aproximadamente dez vezes até acabar tudo.

Se fizesse tudo numa tacada só, sem dúvida, aconteceria o mesmo da vez anterior que o deixou incomodado, tamanha a quantidade final que jazia no vaso sanitário.

Mas o que importa é que ele encontrou uma estratégia para driblar o que o incomodava e fazer o que precisava ser feito.

Eu estou no aguardo das cenas dos próximos capítulos...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aperto no Coração

Eu já sabia. E, desde o início do ano, venho dizendo que vou me adiantar na tarefa de procurar uma escola nova para minha princesa, já que a sua só tem educação infantil. Mas só na última sexta feira fiz a primeira visita.

A inclusão escolar, sem dúvida, é um dos maiores problemas que as famílias com crianças com deficiência enfrentam. Vejo depoimentos terríveis, assustadores.

Mas, para minha sorte, nunca senti isto na pele. Leti está na mesma escola desde os 2 anos de idade e, nesta escola sempre foi muito bem acolhida. Esta escola a abraçou e a respeitou em sua diversidade, procurando propiciar um ambiente o mais adequado possível para promover o seu desenvolvimento.

Durante sua permanência lá, ela deu seus primeiros passos, aprendeu a falar, a subir escadas, a fazer xixi no vaso, a se articular em outros idiomas, a conquistar seu espaço no grupo... Cativou amigos, professores, profissionais.

É reconfortante perceber que todos na escola nos conhecem pelo nome e fazem questão de demonstrar um carinho especial por minha pequena; como a auxiliar de outra turma que, no início do ano, me abordou para dizer que, sabendo que seria o último ano de Leti, gostaria de me pedir uma foto dela antes que saísse da escola para guardar de lembrança; ou da auxiliar da sua sala que, tendo que sair repentinamente da escola, me descobriu no facebook e enviou uma mensagem linda, pedindo que dissesse a Leti da importância em sua vida.

Minha filha está crescendo... Tanto em tamanho (tenho notado tanto isso ultimamente), como em desenvolvimento. E agora precisa alçar novos voos.

E eu, como mãe, sem dúvida, me assusto com a mudança pela qual sua vida passará.

Ela sairá de uma escola com menos de 100 alunos para uma escola com 600. Enfrentará novos desafios, precisará construir novos laços.

No íntimo, a minha demora em visitar as escolas, acredito, tenha sido uma fuga. Fuga impulsionada pelo medo destas mudanças. Sinto que preciso estar fortalecida para não lhe passar insegurança.

E este meu medo quase fez com que perdesse a vaga da minha filha na escola que escolhi, já que as vagas de inclusão são limitadas.

Mas no fim, deu tudo certo! Hoje fomos, eu e Leti, a uma visita à escola.

Enquanto conversei com a psicóloga, Leti ficou na turminha do Grupo 5 que, provavelmente, será a sua no próximo ano.

Eu tinha lhe avisado que iríamos conhecer uma nova escola, porque ela estava grande e precisaria ir a uma escola maior no próximo ano.

Ela chegou meio deslumbrada, olhando cada detalhe atentamente. Quis descer a escada para ir ao parque, quis "ler" um livro na biblioteca, explorar cada cantinho...

Fiquei com o coração apertado quando a psicóloga a levou, sem resistência, à turma do G5. Fiquei tranquila quando cheguei para buscá-la e a encontrei sentadinha entre as crianças, comendo uma banana (a moleca deu sorte, era hora do lanche).

A turma não tem nenhuma criança de inclusão mas, tudo indica, ganhará duas no próximo ano: Leti e uma outra, que visitou a escola antes de mim.

Os coleguinhas fizeram um desenho da Peppa para Leti levar de lembrança. Achei muito fofo!

A psicóloga apresentou a proposta de inclusão da escola, que me pareceu bastante sólida, e perguntou um pouco sobre minha princesa. Conversamos por alguns minutos e iniciamos ali uma relação que, certamente, renderá bons frutos nos próximos anos.





terça-feira, 9 de setembro de 2014

Feliz Aniversário, Mãezinha!

Recentemente, confabulando com Lipe, instigada pela minha eterna curiosidade acerca das lembranças que estaria ajudando a plantar em sua memória, ele me perguntou do que me lembrava da infância que dissesse respeito a minha mãe. 

Uma cena imediatamente me veio à mente. Acho que eu era 4a série. Estudava no Salesiano e tinha esquecido de levar meu lanche. Estava quietinha num canto, no recreio, quando avistei minha mãe chegando com um potinho de uvas. A sensação foi de amparo e amor. E são essas as sensações que me invadem quando penso em minha mãe. 

Por toda vida, ela sempre esteve disposta a apoiar minhas decisões e a me amparar nos momentos difíceis, sempre impulsionada pelo amor. Ela é um imenso, transparente e incessante poço de amor!

Ela, juntamente com meu pai, é claro, foi responsável pelo ambiente saudável e caloroso em que eu e minha irmã fomos criadas e, sem dúvida, pelos seres humanos que somos hoje.

Ela também sempre foi muito cuidadosa. Às vezes, inclusive, excessivamente cuidadosa.

E já que estamos falando em lembranças, outra me veio à mente. O dia em que eu, dissimuladamente, marcava um encontro com um paquera por telefone e ela ouvia tudo pela extensão, acabando por liquidar com os meus planos.

Ela estava aprendendo a lidar com a adolescência...

Muitas vezes tive raiva, não a entendi, jurei que faria diferente com meus filhos. Algumas coisas, de fato, fiz diferente (como deixá-los dormir com os pratos sujos em cima da pia - ô trauma!... rs). Mas muita coisa fiz exatamente igual. Algumas delas até sem perceber.

Na infância, na adolesência, na vida adulta, sempre tive uma mãe para todas as horas!

E, ainda que hoje tenhamos que dividi-la com os novos amigos que ela conquistou (os virtuais, os da igreja e os antigos com quem retomou o contato), não tenho a menor dúvida, mesmo envolvida por um ciuminho de vez em quando, que ela continua sendo a mesma mãe de sempre: amorosa, cuidadosa e preocupada com sua descendência.

E, além disso, uma mãe mais antenada com as modernidades da tecnologia, uma mãe mais bonita e charmosa e com um astral que contagia todos aqueles que têm o prazer de fazer parte da sua vida.

Por tudo que ela foi, é e será é que desejo ter muitos e muitos e muitos e muitos anos de vida ao seu lado.

Te amo, mãezinha!



domingo, 7 de setembro de 2014

Tem Pinguinho Precisando de Tinta

Minha querida amiga Teka, além de ser uma blogueira atuante, defensora ferrenha da infância, e responsável pelo super-hiper-mega-útil blog Pinguinho de Tinta, é também muito sensível às questões sociais e, em especial, às ligadas às crianças com deficiência.

E, aproveitando a proximidade do dia da criança, lançou a segunda campanha de doações para o mês de outubro, desta vez com nova roupagem.  

As doações serão encaminhadas ao Lar Vida e à APAE, instituições que se dedicam a cuidar de crianças com deficiências.

Sobre o Lar Vida já  falei aqui

O fato é que, sondando o que esta instituição, que é uma instituição séria, mais precisava, Teka descobriu que eles precisavam de tinta.

A mente criativa e proativa da minha amiga logo teve uma ideia, visando usar os espaços disponíveis pelas redes sociais em favor do Lar Vida, e lançou a seguinte campanha: Tem Pinguinho Precisando de Tinta.

O desafio é o seguinte: Deixar alguém lhe pintar o rosto; fazer um vídeo e postar nas redes sociais com as hastags #campanhapinguinhosolidarioano2, #desafiotempinguinhoprecisandodetinta; fazer um depósito em valor que fica a seu critério na conta do Lar Vida (dados abaixo); e desafiar 3 amigos a fazer o mesmo.

BANCO BRADESCO:
Agência: 1425
Conta Corrente: 027.538-7

BANCO DO BRASIL:
Agência: 1599-7
Conta Corrente: 12.886-4

Depois do depósito, ela pede que encaminhe uma cópia do comprovante para o email blogpinguinhodetinta@gmail.com, para que ela faça um levantamento do valor levantado com a campanha.

É óbvio que aderi!

Tudo que estiver ao meu alcance será feito para ajudar as crianças, jovens e adultos do Lar Vida. 

E o melhor. A campanha deu mais cor e mais alegria a minha tarde de domingo.

Vamos fazer o mesmo, minha gente. Na medida das nossas possibilidades, vamos ajudar estas crianças que tanto precisam.

Vejam trechos da minha delícia de tarde...

E meus amigos desafiados são: Gabriela Trigueiro, Ana Marta Ponte (para espalhar a campanha entre aqueles que labutam diariamente pela inclusão), Lidiane Prata (para espalhar a campanha por Brasília), Gabriela Blanchet (para nos apoiar com seu blog fashionista), Newton Rodrigues (para espalhar a campanha pela Cidade Maravilhosa) e Sandra Scavuzzi (para sensibilizá-la a nos acompanhar ao Lar Vida no dia 11... rs).

Mas todos os outros amigos que quiserem, cheguem junto. Precisamos de vocês!!!!!!


As informações da campanha estão no blog Pinguinho de Tinta.






sábado, 6 de setembro de 2014

Notícias do Caçulinha...

Teteu demorou, demorou, mas desatou a falar. Ainda num dialeto peculiar, é verdade! Mas com mais desenvoltura, articulação, sequenciamento...

Muitas vezes usa sílabas para significar palavras, e a mesma sílaba para diferentes palavras; como "xi", que serve para abacaxi; e em dobro, para xixi e assistir (tv).

Outras fala bem explicadinho, num bebezês natural para sua idade.

Fala palavras, frases; responde, pergunta;compreende tudo ao seu redor.

Está vivendo uma fase tão linda, que fico me deleitando, querendo aproveitar cada novidade em câmera lenta para não me esquecer de nada, já que é meu último filho...

E está num grude enorme comigo. Hoje mesmo quando acordou e me viu junto ao pai e Leti, foi logo dizendo: "- É meu mamãe. Papai de Eti," Fofo de doer!!!!

Já não consigo enumerar as palavras que fala, tamanha a amplitude do seu vocabulário. Continua afetuoso, embora o venha percebendo menos sociável, o que me deixa lamentosa, já que esta era sua característica mais marcante.

Agora, quase sempre que entra no elevador e encontra alguém estranho, fica se escondendo atrás de mim (antes, ficava procurando graça, até darem bola para ele). Em compensação, se brigo com ele por algum motivo, fica fazendo palhaçada olhando no meu olho até eu dar risada. Uma figura!!!!

Mantem a afetuosidade com aqueles mais próximos, e, ainda com os estranhos, rapidamente se enturma.

Anda enciumado...



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Garota Esperta!

Leti apareceu com o narizinho escorrendo.

Buscando cuidar logo, tratei de lavar com salsep, sempre sob a ferrenha reclamação da pequena.

Na última madrugada, ela, que havia dormido cedo, ficou aprontando por horas a fio, detonando minha paciência, e testando a da vizinha de baixo (com o arrasta-arrasta de cadeira).

Já conhecendo seus hábitos noturnos, e tentando preservar o sono dos irmãos, deixo a porta dos seus quartos trancadas, bem como a da circulação para a sala, e a do seu banheiro, de modo que ela transite apenas entre o seu quarto e o meu.

Depois de arrastar cadeiras, pegar (para jogar no chão) dvd portátil, livros, dvd´s, canetas, tintas e mais um tanto de coisa, ela resolveu me visitar.

Ao entrar no quarto, dirigiu-se diretamente ao banheiro.

Com medo das consequências, e ciente do seu "medo" de banho, ainda na cama e antes de me levantar, anunciei:

- Leti, está entrando no banheiro para quê? Quer tomar banho?

Foi o suficiente para que saísse do banheiro.

Ao amanhecer, tentando dar continuidade ao tratamento do nariz, procurei o salsep que havia deixado na prateleira do seu quarto.

Revirei todo o quarto até que desisti e resolvi usar um sorine, encucada com a situação.

Minutos depois, ao entrar no meu banheiro, eis que encontro o defunto boiando no meu vaso sanitário.

Prontamente, entendi sua intenção.

Como a última coisa que tinha jogado no vaso foi seu sapo e o mesmo tinha acabado no lixo por conta da sua atitude, certamente sua intenção foi dar a mesma destinação ao maldito salsep...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...