terça-feira, 25 de junho de 2013

Viva São João!!!!

Nosso São João sempre tem o mesmo destino: Senhor do Bonfim, capital baiana do forró (rs).

Dos 15 anos que eu e Samir estamos juntos, em 10 passamos o São João lá. Nos outros, acabamos ficamos em Salvador por conta de questões pessoais (filhos muito pequenos, concursos ou feriados no fim de semana).
 
Estávamos com medo de ir com Mateus, porque como o pequeno não dá trégua em pequenos trajetos de carro dentro da cidade, imaginamos que uma viagem longa com ele seria uma tragédia. Mas nos enganamos. Completamente!
 
Para fugir dos congestionamentos, e aproveitar um período do sono das crianças, resolvemos sair, tanto na ida como na volta, às 4 da manhã. E deu certo! Trânsito livre + crianças de sono solto = viagem tranquila!
 
Ficamos surpresos com o comportamento do nosso fim de safra na estrada. Palmas para ele!!!
 
E a viagem acabou sendo uma sucessão de felizes surpresas!
 
Leti caminhava linda pelas ruas, olhando bandeirolas penduradas nas casas, disposta e animada; dançou (sim, dançou!) ao som do forró na praça; assistiu atentamente à apresentação da orquestra que tocou clássicos do São João; se permitiu soltar traques de massa e chuvinha; se deslumbrou com a fogueira; desenhou; pintou com tinta; jogou um jogo de cartas que levamos; brincou no parque de areia e no parque grande da cidade; foi carinhosa com a família do papai... É verdade que também pedia comida a todo momento, brincou de gato e rato com o caçulinha (rs) e não deixou suas usuais estereotipias de lado. Mas o saldo foi significativamente positivo!!!
 
Mateus foi uma atração à parte! Como sempre! Esbanjando simpatia por onde passava, sempre com um sorriso largo no rosto, conquistava todos a sua volta.
 
Parecia ter nascido em Bonfim, e na casa da sua bisa, de tão à vontade que estava. Circulava por todos os cantos, com uma energia e uma curiosidade intermináveis.
 
Distribuía beijos, ia para todos os colos (e descia deles rapidamente), trocou o colo da mamãe pelo da tia Tina e da tia Sheilla, dançava, brincava e atendia aos nossos "não" (tentando burlá-los vez por outra), quando sua curiosidade excedia os limites impostos pelo cuidado da bisa em relação a suas coisitas...
 
A fruteira acessível lhe disponibilizou as inúmeras maçãs que comeu ao longo dos 4 dias que esteve por lá. Lá também provou, e aprovou, milho cozido (que, por sinal, saiu do mesmo jeito que entrou - rs), bolos típicos e feijão tropeiro. Sim, feijão tropeiro! Depois de rejeitar veementemente a comida que levamos de casa para ele (e que Leti comeu lambendo os beiços), sentou-se ao colo do pai e se lambuzou com feijão tropeiro e tomate). Uma figura!
 
Tinha dia que comia parecendo gente grande, em outros, ficava praticamente à base de frutas.
 
Lipe também brilhou! Apesar de estar numa fase em que não gosta tanto dos parques, nem chegou a apreciar as festas, aproveitou o momento para curtir a família. Arrancou gargalhadas homéricas de Mateus, brincou com Leti (do jeito dele), aproveitou a companhia (e a resenha) da avó e da bisa, se divertiu no parque, nos acompanhou numa festa à noite (e nos intervalos se valia da companhia dos equipamentos eletrônicos de praxe).
 
Aproveitamos a viagem para levar as crianças para conhecerem o trabalho do papai. Queria proporcionar isso principalmente a Leti, para ela poder ter alguma imagem em mente quando, durante a semana, lhe dissermos que o papai está no trabalho, quando ela procurar por ele. Enquanto o papai resolvia questões emergenciais, as crianças exploravam o novo ambiente.
 
Fomos todas as tardes à praça, ver a movimentação com as crianças: decoração junina, grupos de música locais, quadrilhas, parquinhos de areia, brinquedos montados e muito espaço para correr e brincar.
 
Andamos pelas ruas do bairro da bisa, simplesmente pelo passeio. E para procurar animais. Leti olhava admirada a decoração, Mateus parava de porta em porta procurando sabe-se-lá o quê. e se esbaldava quando encontrava algum animal pelo caminho.
 
Acendemos fogueira e soltamos fogos. Leti aceitou soltar uma chuvinha sozinha - aeeeeee - e, literalmente, soltava os traques de massa ao chão; Mateus, além de fazer força, fazia carinhas lindas antes de lançar seus traques ao chão. E por falar em carinhas lindas, aumentou seu acervo de caretinhas depois da viagem. Uma figura!!!
 
Fizemos um passeio de trem pela cidade. Trem do forró. Saímos da estação, que nos recepcionou ao som de um trio nordestinho, e fizemos um trajeto de aproximadamente uma hora, num trem pequeno, simples, mas decorado, abastecido com comidas típicas e super animado! Leti acabou dormindo no meio do caminho, Lipe apreciou a paisagem, acenou para transeuntes e Mateus comeu e dançou. Muito milho cozido e bolo, embalado por um delicioso forró. O único defeito é que estava muito quente por lá. Mas o passeio valeu muito à pena!
 
E agora em casa, revendo as fotos, e remoendo a saudade do maridão, que veio trazer a família e já voltou porque amanhã trabalha cedo, me sinto verdadeiramente realizada por ter tido a oportunidade de proporcionar a meus filhos estes dias de vida simples e feliz, em família, em que eles puderam vivenciar valiosas experiências que, infelizmente, nossa vida corrida de moradores de apartamento não nos permite.
 
Na cama elástica com a priminha

brincando e acompanhando primos e irmãos

livres na praça

fazendo arte com Teteu

Diversão no parquinho

Ele se divertiu!!

família boa é família grande rs

conhecendo o trabalho do papai

sozinha!

admirando os gatos do vizinho

linda, livre e feliz no parque

na estação do trem

amor

meus amores

lanchinho fornecido pelo trem

se esbaldando no milho

ao lado da janela, para apreciar a paisagem

olha a fogueira!

passeando com o papai

não pode ver um bicho...

orquestra na praça que hipnotizou minha pequena

no pula pula

se empaturrando de feijão tropeiro com tomate

tranquilo retorno para casa


 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mudando Paradigmas

Diferentemente do que costumávamos fazer, sempre que viajávamos sem as crianças, quando buscávamos compensar nossa ausência com presentes, desta vez a mala voltou vazia.

Meu envolvimento, ainda que transverso, com o MILC (Movimento Infância Livre de Consumismo) e com a trupe da Feira de Trocas tem feito com que eu repense alguns dos meus hábitos, no intuito de remodelar atitudes e valores no seio da minha família.

Antes de viajar, Lipe já me sondava para saber se ganharia presentes na volta, quando fiz questão de deixar claro que a viagem seria para descansar com o maridão, e não para fazer compras. E ele pareceu entender bem o recado!

Confesso que no início soou estranho! E causou estranheza a Samir também. O fato é que não queria ter a obrigação de levar um presente!

E, de fato, não comprei qualquer presente para Lipe. Mas tive uma ideia. Queria, sim, recompensar meus filhos pela minha ausência. Não com presentes! Mas com o óbvio: com a minha presença!

Para Leti e Mateus, pequenos que são, foi overdose de carinho ao chegar. Os dois ficaram disputando minha atenção, o que me deixou feliz e com o coração apertado. Os enchi de beijos, abraços, carinho, dengo e, só depois de colocar cada um para dormir, é que pude dar um pouco mais de atenção (exclusiva) ao meu primogênito.

Para ele, tinha pensado em algo diferente! Além dos beijos, abraços, dengos e carinhos, inicialmente compartilhados com os irmãos, e depois exclusivos (além do compartilhamento da cama - aceitável depois de uma proveitosa lua de mel), trouxe um pedacinho da viagem.

Comprei em Campos uma mistura para chocolate quente cremoso e outra de fondue de chocolate, que experimentamos lá (e aprovamos!), para degustarmos num momento íntimo, preparado só para nós dois.

E foi linda a ansiedade dele por este nosso momento! Quis ajudar a preparar, a acender as velas, a arrumar a mesa... e depois de tudo pronto, quis fotografar o nosso cenário.

Aproveitamos para comer e conversar sobre a viagem; sobre o que achei que ele gostaria de conhecer, sobre as opções de lazer, a gastronomia, o clima... Foi um momento mais que especial, que, com certeza, o marcará muito mais que qualquer presente que eu pudesse lhe trazer.


Menu: fondue de queijo com chocolate quente cremoso.

Vale ressaltar que, apesar desta minha postura em relação aos meus filhos, não virei uma xiita que não compra nada quando viaja (até que não seria ruim...). Cheguei a comprar umas roupinhas para Leti, numa loja que estava liquidando tudo, e uns mimos para a equipe que deu apoio com as crianças. Apenas passei a encarar as compras como opção, se e quando achar apropriado, e não como obrigação, o que deu uma leveza significativa à viagem...
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