sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Mudanças Geram Mudanças (parte 2)

Os últimos dias têm sido de muita avaliação, ponderação, estudo, conversa para, em breve, podermos tomar uma decisão que nos pareça mais acertada...

E fazendo uma autoavaliação, parei para me questionar se a mudança de comportamento de Leti não poderia estar refletindo alguma mudança na sua rotina em casa.

É certo que ela sempre teve suas estereotipias, que tinha uma tendência a um comportamento autolesivo, mas isso nunca foi tão crônico como tem sido agora.

E, analisando, percebi que desde dezembro, quando entrei de férias, estive muito ausente da sua vida, por conta dos preparativos da festinha de Mateus, apesar de sempre (fisicamente) por perto.

Para piorar a situação, foi um período em que mudamos muito de babá, procurando encontrar uma que se encaixasse no perfil que espero para cuidar da minha pequena.

Na verdade, na verdade, não sei se minha ausência foi exclusivamente por conta dos preparativos da festa, ou se foi uma tentativa de fugir de um estado de depressão que normalmente me acomete nessa época do ano.

Normalmente, no fim do ano, não exatamente porquê sempre nesse período, passo por um momento de depressão. Fico baixo astral, chorosa, me cobrando mais, me dando menos, pessimista em relação ao prognóstico da minha pequena. A cada ano que passa, essa fase dura um período menor, que logo é sucedida por uma fase revigorante, em que fico mais empenhada com os cuidados e estímulos da minha filha e que, sempre é recompensada por picos no seu desenvolvimento.

Neste fim de ano, não tive meu momento deprê. Aliás, não sei se não o tive ou se o mascarei, canalizando todos os meus cuidados e minhas energias para meu bebê. Nesse fim de ano, Leti também não teve um pico de desenvolvimento. Pelo contrário. Teve perdas significativas na  sua interação e autocuidado.

Só depois da festinha de Mateus é que me dei conta da minha responsabilidade nesse estágio da vida da minha pequena. E, como ainda não encontramos A babá que eu procuro, tenho, eu mesma,  assumido os momentos de brincadeira da minha filha. No turno em que não está na escola, é comigo que ela brinca, que ela desenha, que ela joga, que anda de carrinho, que ouve história, que dorme, que toca, que canta, que assiste TV... Não confio deixá-la brincando com a babá que, definitivamente, não tem jeito nenhum para cuidar de criança.

Ela tem ficado por conta da babá normalmente no início da manhã, quando durmo para recuperar a noite que perco com ela, porque fico fisicamente exausta, e para fazer as refeições e tomar banho. Fora isso, a babá ocupa seu tempo cuidando das coisas e do cantinho dela.

Mas isso tem um preço. Acabo sacrificando um pouco a atenção que preciso dar a Mateus e o tempo que preciso para o meu trabalho.

Mas parece que em breve tudo ficará sob controle. Sua fono (e nosso anjo da guarda) conseguiu uma babá qualificada, que já cuida de uma criança especial, que promete ser uma importante aliada em nossa caminhada. Mas só estará disponível a partir do dia 02.03. 

Até lá, vamos nos virando como dá por aqui. 

2 comentários:

Carolina disse...

Amiga amada, não seicomo uma mãe tão especial pode ter, por um segundo sequer, qualquer sensação de culpa... Meu coração fica apertado por vc estar nesse momento. Mas, como vc disse, vcs estão cercadas de anjos da guarda que ajudarão na superação desse momento logo-logo. Amo vcs.

aprendendoasermae disse...

Jana,sei que você é uma super mãe e apesar de não estar fisicamente ao lado de sua família, mais pelo blog e pelo face sempre sei como você é uma mãe presente na vida dos pequenos e sei que mais ainda no mundo de Leti.Então fique tranquila porque tudo vai dar certo.
E por mais momentos que passe seja ruim ou bom sempre tenha seu ponto de equilibrio.

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