segunda-feira, 8 de outubro de 2012

8 meses

Meu pequeno fez 8 meses. Este mês, além da comemoração partilhada dos mesversários, comemoramos também, no mesmo dia, a primeira comunhão de Lipe. 
 
Saímos da igreja e recebemos os amigos para um almoço em casa e, na sequência, para registrar a passagem de mais um mês de vida dos pequenos, cantamos os parabéns.
 
 
 
 
Este mês, para mim, foi fonte de algumas angústias. Aguardava ansiosa a consulta com a pediatra e preferi esperar suas respostas para fazer o registro do oitavo mês de vida do meu bebê mais completo.
 
Para começar, como eu já esperava, Mateus engordou pouquíssimo esse mês: 100g, apenas. Ô sina, desse garoto... Mas já era de se esperar. Pela primeira vez, ficou doentinho de verdade, a ponto de se abater e comprometer o apetite. Até então, pegava uma virosezinha de nada e logo se recuperava. Mas desta vez estava (e ainda há resquícios) tossindo muito, corisando muito, com o olho remelando... apático! Não teve febre.
 
Quinze dias antes da consulta, apresentou um febrão, de quase 40 graus, por 48 horas, que não cedia completamente com antitérmico, mas que foi embora sem deixar rastro.  Aliás, o rastro apareceu dias depois: uma marquinhas rosadas no corpo (que, na consulta, a pediatra disse se tratar de sinais característicos de roséola). Na emergência fizemos exames de sangue, urina e imagem e deu tudo normal.
 
Também não cresceu. Continua com 70,5cm.
 
Mas minhas preocupações não se referiam a estes aspectos do seu desenvolvimento.
 
Eu andava meio cismada. Uma amiga, neste último mês, me recomendou a leitura de um artigo na internet, dizendo que havia se lembrado de mim ao lê-lo. Coincidentemente, o mesmo artigo estava na minha página inicial do facebook dias depois, como artigos populares. O artigo tratava da história de uma mãe de 3 filhos: o mais velho asperger; o do meio down; e o terceiro (acreditava-se) típico até 18 meses, quando começou a apresentar sinais autísticos. No artigo, a mãe relatava que passou a desconfiar do autismo quando a criança começou a andar na ponta dos pés.
 
Fiquei remoendo minhas angústias sem conversar com ninguém. Perto do dia da consulta cheguei a comentar com umas amigas, mas sem aprofundar tanto.
 
Mateus tem um pezinho de ponta e, quando colocado em pé, normalmente, fica na ponta do pé. Ainda não não confio 100% em deixá-lo sentado sozinho porque algumas vezes cambaleia e cai para o lado (embora isso seja cada vez menos frequente) e, às vezes, usa as pontas dos dedos para pegar as coisas.
 
Queria saber se isso poderiam ser indícios de que ele apresentaria sinais autísticos no futuro ou se isso, por si só, já representariam tais sinais.
 
Ela, que é sempre excessivamente cautelosa, me confortou. Falou que não podemos avaliar o andar na ponta dos pés, enquanto ele não estiver com o corpo preparado para sustentar-se sobre os pés; que o sentar-se pode aprimorar-se antes ou depois e que, normalmente, aos 8 meses, a criança faz a transferência do deitado para o sentado e começa a engatinhar; e, quanto às mãos, não mostrou nenhum alarde, falou que devemos estimular a preensão com a mão toda e só.
 
Acrescentou que, hoje em dia, tem sido comum pais procurarem orientação de fisioterapeutas em fases críticas do desenvolvimento de crianças típicas (3, 6, 9 e 12 meses), apenas para orientar a melhor estimulação em casa.
 
À minha pergunta, respondeu que já teve como paciente uma criança com apresentação de sinais autísticos tardios, mas que não lhe parecia ser o caso de Mateus.
 
Pediu que não me preocupasse, me mostrando como Mateus tem se desenvolvido bem: com uma interação plena, com tônus muscular bom, sociável, forte, lindo (conclusão da mamãe aqui rs)...
 
Ele foi convincente a ponto de me deixar mais tranquila, mas, sinceramente, acho que, no fundo, no fundo, até ele completar seus 2 anos de idade, estarei com um alerta maior a eventuais sinais de um transtorno de desenvolvimento. Sei que não devo estabelecer comparações, que não devo canalizar minhas energias para preocupações excessivas, mas, infelizmente, nem sempre emocional e racional andam de mãos dadas.
 
Isso não significa que estarei me ocupando em tratar o que não existe, que focarei mais nas suas limitações que nas suas conquistas. Definitivamente, não! Sei que meu filho tem um desenvolvimento cognitivo normal, tive os dois parâmetros em casa, e percebo o quanto ele evolui a cada dia, o que faz com que eu me delicie com cada sorriso, com cada balbucio, com cada movimento, com cada expressão, com cada demonstração de que seu aprendizado passa por um processo normal de construção.
 
Hesitei muito ao escrever sobre o assunto aqui por não saber como seria interpretada. Uma mãe especial com medo de ter um filho autista? Sim! Exatamente isso! Apesar de saber que estaria preparada para lidar com a situação e que meu filho teria todo o suporte que precisaria para ter uma vida feliz, não era esse o meu desejo idealizado para a sua vida. (já falei sobre isso aqui).
 
Mas, por ora, vou deixar esses pensamentos em stand by.
 
Com 8 meses, Mateus desloca-se pela casa ainda rastejante, mas com muito mais desenvoltura e rapidez. Sustenta-se melhor sentado e apresenta inequívocas reações de proteção, quando brinca nesta posição e precisa se apoiar para manipular um brinquedo. Sai desta posição para a posição de gateio, e desta para a de prono, como prefere posicionar-se para brincar.
 
De prono, começa a se preparar para passar para a posição de pé espontaneamente (sem que lhe demos a mão para isso). Tem feito isso com mais frequência.
 
Como sua situação de saúde beirou o crônico, com muita tosse, secreção espessa, ronco no pulmão, desconforto etc etc etc, acabou acompanhando Leti no uso do antibiótico.
 
Quanto à alimentação, falei com a pediatra que não pretendo introduzir glúten em sua alimentação, por isso não dei, nem pretendo dar, o mucilon que ela recomendou. Como ele ganhou pouco peso, sugeriu engrossar o leite com fruta e oferecer mais uma mamadeira de leite por dia. Já estamos fazendo isso.
 
Continua sociável, sorridente, curioso, interessado, atento. Acho tão lindo... Me derreto tanto... Será que isso é coisa de mãe babona????
 
 

5 comentários:

Vaneska disse...

Jana, amiga, entendo e compreendo você... só uma pergunta, vc já conversou com Val sobre isso? Acho que ela pode te ajudar...
Entendo sua preocupação de mãe... eu também teria... mas, enfim, Mateus está lindo, bem disposto, um gostoso! Ah, e relaxa com essa coisa de peso, a gente engorda em qualquer fase, rsrs, meu Mateus também engordava pouco ou quase nada, é miudinho, verdade, mas está ótimo de saúde!
E sobre a matéria da mãe com os três filhos com alguma deficiência, também li e lá dizia que isso acontece um em milhões...
beijos,
Van.

Anônimo disse...

Que amor, Jana!! O Miguel não consegue ainda ficar de joelhos, mas ele se esforça! Não vejo a hora de vê-lo engatinhando!

No mais, amiga, fiquei angustiada aqui com o seu relato. Mas faz muito bem deixar em stand by porque já basta tudo o que acontece no dia-a-dia mesmo, né?! Se Deus quiser, não há de ser nada.

Beijo grande
e parabéns pelos filhotes!

Ju

Alda Guimarães disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alda Guimarães disse...

Olá, Janaína! Nas últimas noites, desde a semana passada, depois que meus dois pequenos (Samuel e Laís) dormem, tenho reservado um tempinho para ler suas postagens no Blog. Não há mãe (coruja) que não se interesse e não se identifique com seus relatos e colocações, que tão bem exprimem a doce, curiosa e maravilhosa missão: a de ser mãe. Ganhou uma seguidora! Saudações e Parabéns!

Geovana Centeno disse...

que lindo esta o teu filhote 8 meses já, muita saude pro teu anjo viu...sobre a preocupação eu te entendendo querida, tambem teria esse receio se tivesse outro filho, mas vai estimulando ele, e vai observando, se Deus quiser e ele quer vai dar tudo certo...

ta lindo nas fotos, beijos na Leticia e no Lipe e em vc!

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