terça-feira, 25 de setembro de 2012

Identidade é tudo

Semana passada, retomando com Leti a história do Zé Ninguém, vinha falando que tudo tinha que ter um nome. Nesse momento, passávamos por uma praça perto da escola. Falei com ela que aquela praça também deveria ter um nome e perguntei-lhe que nome daríamos à praça. Sem pensar muito, me respondeu: - "Paça Fôr", numa clara alusão à praça adotada pela escola, que se chama Praça Flora (e que ela reconhece a léguas de distância). Fiquei extasiada e elogiei. - Claro, filha, que nome lindo! Essa agora vai ser a Praça Flor. Logo depois, ela disse: "- Paça Bolo". Comecei a rir e ela riu também. Agora, toda vez que vamos à escola, vou anunciando que estamos chegando na praça, mostrando as árvores, o caminho, para estimulá-la a dizer o nome da praça. E ela sempre diz. Praça Flor, ou Praça Bolo. Mas foi a identificação que demos àquela praça. Que, a partir daquele momento, passou a ter um significado especial para nós duas. (agora, só por curiosidade, fui pesquisar e descobri que nossa Praça Flor se chama Praça Alfred Nobel. rs).
 
imagem daqui
 
 
 
 
 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Novidades quentinhas...

O fim de semana foi punk! Curso sobre inclusão escolar sexta e sábado, o dia inteiro. Domingo de manhã, emergência com Samir, com crise de coluna; à tarde, com Mateus, com uma febre de quase 40 que não cedia com nada e, para completar, de madrugada, foi a vez da babá sofrer com uma crise de vômitos por mais de 3 horas seguidas (decorrente de uma infecção intestinal). Lazer passou longe daqui...

Mateus fez exames para afastar uma pneumonia ou alguma infecção e, como deu tudo normal (graças a Deus), voltou para casa com seu diagnóstico: virose! E com uma observação: o febrão pode durar até 48h. E persistiu nestas primeiras 24 (me deixando louca!). Mas tenho que ter paciência.

Tirando a hora de pico da febre (que chegou a 39.8), seu estado geral está ótimo! Sorridente, falante, coisa linda de morder...

Seus balbucios estão mais específicos, e ele tem falado coisas parecidas com vovó e papai. E mamãe, nada! (seguindo o ritmo dos irmãos). A vovó está que quase não cabe em si...


 
Mas, mudando de assunto... quero falar de Leti. Que vai muito bem, obrigada! Sem gripe, sem febre, com a saúde nota 10!

E aprendendo. Sempre. E muito! E despertado sentimentos...

Recentemente, descobri que já identifica as vogais do seu nome. Sem qualquer apoio visual, quando falo as consoantes, e pergunto a letra que vem a seguir (quando é uma vogal), ela fala certinho. TODAS as vogais. Na ordem certinha. Até no final, quando temos duas vogais seguidas. Linda, linda, linda!

Sabe o nome do papai, da mamãe e dos irmãos, e seu nome completo, com os três sobrenomes. (ainda se confunde com sua idade).

Nas duas últimas semanas, a escola vinha trabalhando identidade com a turma. Tudo começou com uma brincadeira de Lucas, que trouxe para as crianças a história de um Zé Ninguém, que, ao longo da semana, e com muito trabalho artístico, precisava ser transformado em alguém. Com técnicas de papel maché, as crianças, em duplas, prepararam máscaras que foram levadas para casa, para, juntamente com as famílias, tomarem suas respectivas identidades (feições e nomes).

Quando as máscaras voltaram para a escola, cada uma ocupou um lugar de destaque na entrada da escola e roubou a cena com sua particularidade. Uma, em especial, me chamou atenção. A feita pela coleguinha Maria. O nome da máscara: Letícia. Cheguei a comentar com Leti "será que essa é você, filha?

No dia seguinte, a mãe de Maria me chamou e disse que Maria tinha pedido para fazer Leti porque gostava muito dela. Fiquei tão feliz!!! Saí da escola mais leve. E me lembrei do dia em que fui entregar os convites do aniversário de Leti e um coleguinha, muito ingenuamente, me disse que sua mãe tinha essquecido de convidar minha filhota para o seu aniversário. A sensação que tinha é que Leti era quase invisível para os coleguinhas, e hoje percebo que ela tem despertado um sentimento de carinho em alguns (mesmo continuando muito arredia em relação a este sentimento).

É bom demais perceber esta mudança e o desejo que tenho é o de que o próximo passo seja a demonstração de reciprocidade em relação tanto carinho...
 


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Jogo do Contente, ou… um Pedacinho da Escola em Casa

 

Tudo tem seu lado bom, já dizia Eleanor Potter, nos seus emocionantes livros da série Pollyana, que marcaram minha adolescência e me ensinaram a jogar o jogo do contente.

 

A nossa mudança de casa não foi exatamente como eu desejava. Se eu pudesse, teria decorado todo o apê (feito de grandes reformas a uma sofisticada decoração) e deixado ele com cara de Casa Cláudia (rs). Mas não deu.

Arrumamos (como deu) os quartos e a cozinha e a parte  mais visível da casa (sala e varanda) acabou recepcionando os móveis antigos (que ocupavam uma área equivalente a 1/3 do tamanho), os quais devem continuar nos acompanhando ainda por um bom tempo

Mas o que deveria ser um problema mostrou o seu lado bom.

Já vinha pensando em reforçar mais em casa atividades que Leti vem desenvolvendo na escola. Com este objetivo, já há aproximadamente 2 meses a pró de Leti vem me encaminhando por email o planejamento semanal da sua turma para que, antecipadamente, em casa, eu possa fazer atividades semelhantes, para tentar favorecer uma maior participação sua em sala.

Com o mesmo foco, sua fono preparou um material lindo, com o objetivo de tentar aproximá-la de seus colegas e da escrita. O quadro, enooorme, com fotos de todos os colegas, e seus respectivos nomes (na foto e num plastificado com velcro anexo) precisava de um lugar especial em casa.

E foi ele que encheu minha mente fértil de ideias.

Aproveitei o cantinho da minha varanda (que antes estava ocupado por um tatame de Mateus, que foi despejado) e montei um espaço direcionado para as atividades pedagógicas da a minha pequena.

Uma coisinha aqui, outra ali, e ficou do jeitinho que eu queria. Cada coisinha naquele lugar tem a sua função.

Criei um calendário adaptado, para lhe familiarizar com a marcação da escola. Coloquei um alfabeto em EVA em frente à mesa, para intensificar o contato com as letras. Deixei acessível um material adaptado que sua TO havia lhe dado com o seu nome, para fomentar o processo da leitura e escrita (que se inicia com o reconhecimento das letras do próprio nome). Coloquei um quadro branco, para ela desenhar (isso nem tem na escola, mas sua dinda tinha lhe dado o presente, ela adooooora desenhar nele, achei que ficaria apropriado no espaço). Acondicionei, em organizadores específicos, materiais artísticos, sucata, material pedagógico adaptado preparado pela fono, alguns poucos livros de história e materiais para atividades de motricidade e sensoriais). Improvisei um pequeno varal (sugestão da fono) para ela deixar expostos trabalhos artísticos feitos ao longo da semana.

Além disso, deixei no mesmo espaço uma rampa de madeira, que simula uma escorregadeira, um túnel de espuma e um tecido grande.

Cada coisa tem o seu por quê, e visam trabalhar resistências que Leti tem.

O objetivo da rampa é fazer treino ostensivo para ela melhorar o equilíbrio na hora de usar a escorregadeira. Segundo sua fono, aprender (e sentir prazer n) essa atividade vai melhorar sensivelmente sua interação com os colegas da escola e, consequentemente, sua comunicação.

O túnel (emprestado também pela fono) visava vencer sua resistência de transitar em lugares apertados (o que podia segregá-la de atividades da escola). Essa resistência foi vencida fácil e rapidamente. Agora temos usado o aparato para trabalhar seu equilíbrio e motricidade grossa (equilibrando-a, não mais dentro, mas por cima do túnel).

O tecido foi ideia minha depois do último final de semana, quando fomos assistir ao espetáculo De céu, de sol de lua, no teatro, e percebi que ela ficou super-hiper-mega incomodada quando passavam um tecido por cima dela. Usamos hoje pela primeira vez. Peguei um livro de histórias que ela escolheu  e li para ela cobertas pelo tecido, como se fosse uma cabana (que foi, inclusive, a expressão que usei com ela). No início ela ficou tentando tirar, mas depois aceitou. Fizemos por duas vezes e vou tentar fazer com alguma regularidade para trabalhar sua questão sensorial.

Estou querendo usar, ainda, uns pneus que a TO me ofereceu para preparar uns circuitos motores para ela.

Antes de montar o espaço, a fono de Leti esteve em minha casa (onde ficou das 18 às 23hs) me ajudando a montar uma programação para Leti, me indicando bibliografias específicas e me auxiliando com o planejamento da escola.

Embora muita gente tenha resistência à transformação do ambiente familiar em terapêutico, estou muito tranquila quanto a minha iniciativa porque sei que a intenção não é essa.

Leti ainda precisa de um direcionamento para o seu brincar e se eu posso direcionar alguns dos seus momentos de brincar para atividades que busquem aprimorar seu processo cognitivo, não vejo nenhum mal nisso. Aliás, eu mesma quando criança, adorava brincar de escolinha… E o espaço ficou lindo, colorido, cheio de possibilidades… Sem que eu sequer a chame, ela sempre está por lá, explorando, desenhando, bagunçando…

A última coisa que estou precisando fazer, para fechar meu projeto pedagógico do segundo semestre de 2012 (kkkkk, brincadeirinha), é fazer o meu planejamento: eleger algumas atividades específicas (além das sugeridas pela fono, que tomam um tempo curtíssimo da rotina da minha princesa), para ela fazer com regularidade (e orientar a babá para acompanhá-la quando eu não puder fazê-lo), para que ela se aproprie de algumas habilidades e conteúdos que acho importantes.

Agora me diga: se minha casa estivesse digna de uma Casa Cláudia, quando eu poderia disponibilizar estas oportunidade para minha filhota????? Sábia Pollyana…

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O cantinho (despejado) de Mateus agora está acomodado no meio da minha sala (guarnecido, na maior parte, por brinquedos antigos de Leti. Quem disse que menino não brinca com brinquedo rosa?? rs).

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

7 Meses [editado]

Mateus está com quase 8 meses (olha o exagero!!!) e ainda nem escrevi o post dos 7. O trabalho tem  consumido o meu tempo mais do que eu imaginava...

Com 7 meses, mede 70,5cm e pesa 8,150kg.

Está super sociável e espertinho!

Continua sorridente como nunca e arranca suspiros por onde passa (mãe coruja, eu? Imagina...). E seu sorriso tem mudado de feição com o aparecimento de mais um dentinho (incisivo inferior).

Se com 6 meses ele ensaiava esticar os bracinhos para escolher um colo, agora ele o faz com propriedade e regularidade. E faz mais. Demonstra sua contrariedade quando a mamãe ou o papai saem do seu ângulo de visão e ele ainda não se sente saciado da companhia deles. Uma coisa linda, que massageia o ego. Às vezes, chegamos a ser cruéis, saindo de perto, só para constatarmos que ele chora porque quer nossa presença (e voltamos correndo, é claro, cheios de amor para dar rs).

Ele já demonstra, claramente, suas preferências, mas não estranha ninguém. Para uns, vai com mais facilidade, para outros, prefere sorrir de longe.

Começa a ensaiar os primeiros movimentos para o gateio: coloca-se sobre quatro apoios, balança-se para frente e para trás, mas não se movimenta nesta posição (no máximo, se arremessa para a frente, e só). Para sair do lugar, e desbravar os espaços, segue se arrastando como uma cobrinha (que também tem o seu encanto).

Começa a brincar de maneira diferente. Antes, todos os brinquedos só serviam para ir à boca; agora, alguns (não é sempre) são utilizados e maneira diferente, mais funcional, principalmente os chocalhos.





Continua comendo bem, mas não tem aceitado os sucos. Almoça e janta tudo! E sempre quer um pouquinho mais da fruta que lhe oferecem.

É um garotinho atento e super curioso, nada lhe passa desapercebido. Como tem se movimentado mais, os cuidados com ele têm sido redobrados.

Só chora se tem fome ou sono. Fora isso, é bom humor o dia inteiro. 

Depois de ter ouvido excelentes referências do médico que consultamos no mês passado, resolvi fazer uma segunda tentativa, desta vez acompanhada de Samir, para fechar minha opinião sobre o dito cujo. Só que dessa vez ele foi até pior. Em cinco minutos encerrou o atendimento e, mesmo depois de eu ter falado que Mateus estava corisando um pouco, nem nariz e  ouvidos ele examinou. Inviável, realmente.

Optamos, então, por voltar à pediatra que atendeu Leti (à época, pelo convênio) do  nascimento até quase seu terceiro ano de vida. Estivemos lá hoje, mesmo depois de já ter passado pela consulta do sétimo mês e apesar do excelente estado geral de saúde do meu pequeno.

A diferença de atendimento foi gritante e me passou muita segurança, o que, a meu ver, é o mais importante. Ela pediu atenção ao sentar de Mateus. Disse que o bebê pode se sentar bem aos 5 meses, ou aos 7, mas precisamos estar atentos. Ele se mantem sentado, mas não tem muito equilíbrio e, vez por outra, escorrega para os lados. (eu já estava atenta a isso).

De vez em quando, ensaia uma transferência da posição de prono para a sentada, mas não chega a conclui-la. Mas, por outro lado, com um apoiozinho de nada, passa da posição sentado para de pé (mas não se sustenta assim por muito tempo). Na verdade, ele também não gosta muito de ficar sentado, o que acho piorar a situação. Gosta de ficar deitado de bruços, para poder explorar o ambiente e de ficar de pé, pinotando...

Vou ficar mais atenta, tentar brincar com ele mais na posição sentada, mas, sinceramente, e pelo menos por enquanto, não estou muito preocupada com isso.

Pediu para tentar dar mais função às suas mãos também. Principalmente a esquerda, para melhorar sua "pega". (ele ultimamente está com uma mania de ficar brincando com as mãos). Mas pega tudo o que quer, seja que forma tiver.

Pediu para introduzir o mucilon no seu leite, mas depois do que li no Delícias do Dudú (veja aqui), estou reavaliando... Não quero dar açúcar nem sal ao meu bebê até ele completar um aninho.

Abaixo, fotos da festinha de 7 meses, que, no mês passado, foi comemorada no dia 26 e na casa de Binha. 



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