segunda-feira, 19 de março de 2012

O começo do fim

Há aproximadamente 10 dias resolvemos suspender a dieta sgsc de Leti (maiores informações sobre o início da dieta: aqui).

Seguimos firmes e sem fugas por 3 meses, mas, ao final destes 3 meses, não percebemos alterações que justificassem as limitações impostas a minha pequena.

Não sei se o tempo foi curto, não sei se para ela talvez a dieta não seja aconselhável, mas o fato é que, mesmo com a adesão total da família, que foi cúmplice neste processo, ajudando sempre a manter a dieta firme, não senti mudanças substanciais nos aspectos que considerava importante.

As estereotipias continuam da mesma forma. É verdade que ela tem batido menos com a cabeça na parede e no chão (muito menos!), mas, em compensação, começou a se morder no antebraço (até dormindo se morde).

O contexto da atitude, em si, não remete a uma intenção autodestrutiva, já que, diferentemente do que faz em mim, quando está contrariada, em seu braço não costumam ficar as marcas dos seus dentes. A sensação que dá é que sua atitude simboliza uma espécie de protesto, quando está chateada com alguma coisa.

Continua com o balanço, com o flapping, com a "estereotipia salivar", que se transforma a cada dia...

Continua dormindo muito mal e a pele não apresentou qualquer melhora.

Na verdade, a manutenção da dieta no dia a dia é super tranquila, já que ela não é muito seletiva. O problema aparece quando vamos a aniversários. Mesmo levando seu bolo, e/ou algum docinho, é difícil contê-la diante das guloseimas, o que vinha sendo conseguindo a custa de muito jogo de cintura.

Mas, na semana passada, uma festinha na escola me fez repensar os rumos da dieta.

Apesar de estar mandando seu lanche sgsc para a escola, achei impraticável, no dia da festa, mandá-la para a escola, permitir que participasse da festinha de aniversário da colega e, no momento auge da celebração, quando as crianças sentam juntas para fazer o lanche diferente do trivial (composto de bolo, brigadeiro e pãozinho - só o que a escola permite), segregá-la, impondo-lhe o lanche trazido de casa, frustrando, assim, suas expectativas gastronômicas.

Teria, portanto, duas opções: ou faltaria a aula, ou sairia da dieta.

Como há relatos de que uma simples fuga da dieta acarreta mudanças (para pior) imediatas no comportamento, resolvi pagar para ver, mandando-a para a escola e autorizando que lanchasse a mesma coisa oferecida aos colegas.

Ela ficou feliz da vida! E não houve qualquer retrocesso em seu comportamento.

(Será que estaria valendo a pena tanta restrição?)

Além disso, outros fatores falaram a favor da suspensão: a impossibilidade de encontrar seu leite de arroz, que está em falta no mercado, o alto custo dos produtos sgsc utilizados como alternativa para seus lanches, e a disciplina necessária para administração de todas as dez doses de suplementação vitamínica que faz uso diariamente.

Tudo isso seria bobagem se estivéssemos vendo os resultados.

Decidimos então suspender definitivamente a dieta. E observar. Caso percebamos que algo saiu do eixo depois da mudança, retomamos a dieta com mais segurança de que este é o caminho certo a ser trilhado.

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