segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

E agora?

Ontem à noite Samir voltou para o interior. A partir de hoje retoma sua rotina, depois de ter ficado um mês aqui em Salvador, me ajudando com as crianças. E ele é o tipo de pai que ajuda de verdade!

Ontem, quando nos despedimos, às 22h, não sei quem inspirava mais preocupação: eu, que passaria a primeira noite inteira sozinha com as três crianças; ou ele, que atravessava a porta do elevador com um olhar tão abatido, que parecia estar indo para uma guerra. Ele não cansava de repetir que estava indo com o coração partido.

Mas parece que as crianças, enquanto eu me despedia do papai, fizeram um acordo para cuidar da mamãe, minimizando o trabalho que me dariam à noite, e o cumpriram à risca. 

Mateus, que tinha acabado de mamar às 22h, acordou às 00:30 e às 3h, mas dormiu logo depois; Leti acordou às 4h, pedindo "gagau", mas se conformou com uma negativa e logo retomou o sono, acordando definitivamente às 5h. Ficou tranquila na cama até às 5:30h, quando nos levantamos e fomos à cozinha fazer a sua vitamina. Às 5:45h já era hora de acordar Lipe e preparar seu café para que fosse à escola às 6:10h, quando o transporte escolar passa para pegá-lo. E, às 6:30, quando a secretária da casa já havia chegado para poder ficar com Leti, Mateus acordou novamente para mamar, dormindo depois, das 7 às 9h, período em que pude descansar tranquila, para recarregar as energias para aguentar a nova rotina que tomará conta da minha vida.

Embora a noite tenha sido cansativa, foi plenamente exequível, já que as crianças intercalaram seus horários e pude dar conta de tudo. Pena que não tenho uma garantia de que será sempre assim.

Ainda achei tempo pela manhã para começar a fazer shantalla em Mateus e para colocar Leti para tirar seu cochilo no final da manhã e para dar seu banho e arrumá-la para ir à escola.

Dia de segunda feira será o mais light da minha rotina, porque Leti não tem terapias pela manhã, mas, em compensação, hoje à tarde, precisei levar Mateus para fazer o teste da orelhinha. E, como o horário era próximo ao do inglês de Lipe, tive que fazer uma ginástica para conciliar tudo: levar Leti na escola; voltar em casa para pegar Lipe, Mateus e babá; ir para a clínica fazer o exame de Mateus; deixar Lipe no inglês; parar no estacionamento do Bompreço para amamentar Mateus, enquanto passavam os 50 minutos da aula de Lipe; voltar para casa para deixar Mateus e cia; retornar para a escola de Leti para ir buscá-la.

Ufa! Cheguei em casa cansada, não posso negar. Mas feliz de ter conseguido dar conta de todos os compromissos.

Mas, sinceramente, não sei se o restante da semana será tão exitoso como hoje, já que hoje, para minha sorte, não sofri muito com choque de horários, principalmente à noite.

Tenho medo de noites como algumas que passamos, quando Samir ainda estava aqui, em que Leti e Mateus, de madrugada, acordavam chorando na mesma hora. Não gosto nem de pensar.

Também não sei como conseguirei conciliar os horários das mamadas de Mateus, com os horários das terapias e da escola de Leti, e com os do inglês e do futebol de Lipe. Não gostaria de ter que ficar carregando meu bebê pra cima e pra baixo, junto comigo. Hoje mesmo, já voltando pra casa, depois de toda a peregrinação, ele, mesmo de barriga cheia, deu uma crise de choro no carro, certamente em decorrência do stress de tantas idas e vindas no bebê conforto. Acho que ele merece um pouco de paz nesse início de vida.

Essa semana vai ser nosso termômetro. Meu pai e minha irmã se prontificaram para ajudar no transporte de Leti para as terapias. Será uma grande ajuda!!!! Mas, se o bicho pegar, Samir disse vai tirar férias de novo. (Ele liga o tempo todo pra saber como estão as coisas)

Cogitou de contratar outra babá (o que seria na verdade uma antecipação, já que a atual está grávida, sairá de licença em junho e precisará ser substituída) ou um motorista temporário, mas em tempos de mudança, reforma e armários, só poderemos absorver qualquer gasto excedente se estritamente necessário. Vou tentar o máximo que puder dar conta de tudo, para não precisar contratar ninguém.

O fato é que, antes de Mateus nascer, apesar de saber que ficaria enclausurada por uns tempos, tomando conta do meu baby, não tinha a exata noção do que isso representaria de mudança em minha vida, já que, tanto no pós parto de Lipe, como no de Leti, tive uma ajuda mais ostensiva de Samir, que fazia com que os dias e as noites ficassem mais leves. Ele levantava à noite, trocava fraldas, colocava o bebê para arrotar, me proporcionando um tempinho maior de sono.

Agora, como Leti demanda quase tanta atenção como um bebê, a ajuda noturna de Samir ficou muito voltada para ela, o que deixou minhas noites mais longas. Mas, durante o dia, quando a babá assume os cuidados com Leti, ele sempre dava um suporte com Mateus, para eu poder recuperar a noite perdida.

Mesmo com a ajuda dele, me senti mais cansada nesta fase puerperal que das outras vezes. Lembro que, com Leti, quando também tinha acabado de me mudar, mas em condições bem mais favoráveis que agora (já que o apê estava todo montado), minha casa vivia cheia por opção minha. E eu tinha energia de sobra para receber amigos em casa, seja em que hora fosse.

Agora, quando vai anoitecendo só penso em dormir, e aproveitar os intervalos de sono das crianças.

Seria tudo tão mais fácil se Samir trabalhasse em Salvador... O pior é que, segundo a previsão de um amigo dele, a perspectiva de chegar à capital é de aproximadamente mais uns 9 anos.

Ou seja, terei ainda muitas e muitas noites para me desdobrar para dar atenção aos três pimpolhos.


 
Ainda bem que a cama é grande e acomoda todo mundo bem

Obs.: Este é o retrato das minhas noites: prole toda junta, para facilitar o compartilhamento da atenção. Rs.

3 comentários:

aprendendoasermae disse...

Jana essa fase é dificil porque Junior trabalha agora praticamente fora de Salvador e ficar sozinha com bruna é dificil (não mais do que vc com três).Mas tudo é fase e não a nada eterno,vai passar.
Um grande beijo!

Mariana - viciados em colo disse...

oh, baby, preciso ir aí!
imagino tudo isso e aproveite as ajudas que aparecem de bom grado, é só por um tempo mesmo...
meu abraço apertado e solidário!
beijoca

Meiry Mel disse...

Ei amiga...
Eu também passo por isso(marido trabalhando longe) ele fica 28 dias em casa, e 28 no mar.
É de amargar quando ele vai, só chororô...rs, eu tenho uma comissão q me ajuda, pq se não, não dá. bjos e boa sorte por aí.

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