sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Notícias da gravidez

Na última terça feira, fui com Samir para a consulta de 34 semanas de gravidez.

Como meu parto terá que ser cesárea, por conta das cesáreas anteriores, por insistência do meu marido (não resistida pela médica), acabamos marcando a data do parto: 25/01/2012, dia do aniversário do papai, que ficou com um sorriso de orelha a orelha quando ouviu da médica que esta era a data que seria, de fato, sugerida por ela, por ser o dia em que completaremos 39 semanas de gestação.

Saí do consultório com requisições para realização dos últimos exames laboratoriais pré parto, com solicitação de consulta pré anestésica, e com a guia de pré internação para o parto.

Deu um friozinho na barriga. Agora está realmente chegando a hora de conhecermos nosso pequeno príncipe...

Como Lipe e Leti nasceram grandes, com 3.890kg e 3.780kg, respectivamente, e Mateus ainda está com 2.300kg (dentro da média, mas desproporcional ao peso dos irmãos), ela solicitou um USG com dopplerfluxometria, para avaliar como está o fluxo da alimentação na placenta.

Pediu que não me preocupasse, porque meu líquido amniótico estava ótimo, o que era incompatível com a existência de problemas no fluxo, mas explicou que sua medida decorria de excesso de zelo.

Sinceramente, não me preocupei. Sinto Mateus mexendo vigorosamente, como se fosse um polvo (porque mexe em vários lugares ao mesmo tempo), a cada vez que me alimento e isso me dá a sensação de que não há problema algum com sua alimentação dentro do meu ventre. Mas, de qualquer forma, o exame está marcado para 04/01/12.

Ele já está encaixado.

E o mais assustador da consulta: engordei 3kgs em 15 dias. E já se vão 13kg em 34 semanas de gravidez. Pânico!!!!! Hora de me cuidar. E como é que se consegue fazer dieta em época de férias e festas de fim de ano?!?!?!

Passou

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer, de coração, a todas as manifestações de carinho que recebi depois do post anterior.

Como o blog andava meio às moscas, sem atualizações regulares, não imaginei que tanta gente leria o que escrevi naquele momento de desabafo.

Mas, apesar dos poucos comentários no post em si, recebi emails e telefonemas de muitas pessoas, preocupadas em me dar um conforto imediato, direto e pessoal, o que, com certeza, me deixou extremamente feliz!

Mas o que disse a cada uma delas, gostaria de registrar aqui: Passou!

Na verdade, quando acabei de escrever o post, passou. Como não estava conseguindo falar sobre o assunto, poder escrever sobre ele me ajudou a ver as coisas mais claramente e a superar a crise.

Estas crises, vez por outra, insistem em tomar conta de mim. No início, era muito mais frequente. Agora, acontecem raramente. E, quando acontecem, não duram mais que 24 horas. Esta durou um pouco mais que isso, mas me ajudou a ver as coisas de uma perspectiva diferente e a tomar umas providências que irão beneficiar o desenvolvimento da minha pequena, independentemente do que o futuro esteja reservando para ela.

O fato é que estou bem! Me sentindo humana por minhas eventuais faltas, e não CULPADA; acreditando que darei conta, sim, dos meus três filhotes (com toda dor e delícia que forem intrínsecas ao desempenho deste papel); ciente de que a recaída que tive pode ter sido contribuída pelo excesso de hormônios da gravidez e pela passagem do final do ano, que sempre me deixa mais sensível; e, por fim, ponderando a possibilidade de procurar acompanhamento terapêutico, para me manter mais estável, assim que as condições se fizerem mais favoráveis.

Por fim, novamente, gostaria de agradecer a cada amiga, real ou virtual, típica ou especial, que tenha dedicado parte do seu tempo para me trazer um pouco de conforto ao longo desta semana.

Beijo enorme a todas.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Recaída

Eu pensava que estava imune a isso. Principalmente agora, que estou afastada do trabalho, cercada de mimos da mamãe, em fase de conclusão de obras no novo apê e com mais tempo disponível do maridão.

Mas acho que é isso. Mais tempo ociosa. Eu, acostumada a viver com mil-coisas-a-fazer-ao-mesmo-tempo-agora, com mais tempo livre, tenho me dado ao luxo de parar para refletir sobre o meu papel em relação ao estágio de desenvolvimento de Leti.

Reconheço tudo de bom que aconteceu em sua vida neste último ano, e não tenho falsa modéstia quanto a minha responsabilidade em seus ganhos. Tenho convicção de que minha filha é feliz e, apesar disso dever ser suficiente para tranquilizar meu coração, confesso que não estou tranquila.

Ontem, depois de uma tarde difícil e reflexiva, tive muita vontade de chorar e chorei. Muito. Tinha vários compromissos sociais, mas a vontade era deixar tudo de lado e me largar numa cama. Sozinha. Acabei indo para uma festinha de criança, com meus pimpolhos, ainda que preferisse ficar em casa...

Uma palavra tem ecoado muito em minha cabeça: consistência.

Esta palavra foi usada num contexto muito apropriado por uma fono nova que está avaliando Leti.

Nessa fase de avaliação, acabei caindo na real e percebendo que, apesar de todos os avanços da minha pequena, ela ainda tem muito pouca autonomia para a prática dos atos de vida diária.

E, sinceramente, acho que a culpa disso é minha. (culpa, culpa, culpa... é como me sinto)

A TO que a acompanha, regularmente, a submete a alguns instrumentos de avaliação e, sempre que termina de tabular os questionários, me orienta como proceder e fixa algumas metas para o semestre seguinte.

No início, estou sempre empenhada, e fazendo tudo conforme o determinado, à risca.

Mas, com o passar do tempo, o empenho vai diminuindo, até eu esquecer das orientações para a minha lição de casa.

Resultado disso é que ela ainda não tira e veste a roupa sozinha, não lava suas mãos, não ajuda no banho, não saiu da fralda, não sobe na cama (apenas desce), não enfrenta degraus, não abre zíperes, não penteia seu cabelo, não calça seu sapato...

Outra coisa que tem me incomodado, como disse no último post, é a multiplicação das estereotipias. Fico enlouquecida, sem saber o que fazer. Com as que não trazem dano potencial a sua saúde ou integridade física (flapping, balanceio, sonoras...), tenho praticado a imitação sugerida pelo son-rise, e tem dado bons resultados.

Com as outras, ainda fico sem saber que caminho trilhar. Quando bate a cabeça ou tenta morder a própria mão (ela começou a fazer isso quando tenta nos morder, para não fazer algo que não deseja, e não consegue), tento tirá-la do movimento, procurando usar um tom de voz equilibrado, mas decidido. Quando coloca os três dedos na língua, para molhá-los e passar em alguma superfície (mesas, cadeiras, sofás, ou até no próprio corpo), procuro interceptar o movimento logo que percebo que ela vai iniciá-lo. Estou tentando conter a enorme proporção que o movimento tem tomado. Ultimamente, ela vinha fazendo isso o tempo inteiro.

O fato é que às vezes me acho muito centralizadora. Acho que só eu sei o certo para minha filha: só eu sei brincar, só eu sei dar a comida, só eu sei dar o banho, só eu sei conversar, ...(me sinto uma chata, embora as pessoas à minha volta nunca tenham tido a coragem de me dizer isso, assim, abertamente), e esqueço que não sou só eu que estou com ela 24 horas por dia, e que ela precisa de pessoas que mantenham a mesma consistência das atitudes que acho certas para ela.

Ou seja, não adianta, por exemplo, eu fomentá-la a ajudar-me a tirar sua roupa, toda vez que ela precisa ser despida, se as outras pessoas não souberem como fazer isso também.

Então, ao invés de eu conversar com as pessoas que lidam com ela (diga-se: babá, secretária da casa, papai, irmão, avós, tios, tias, primos...) para explicar a relevância de cada atitude, e reforçar a importância da consistência na repetição, eu faço a minha parte, esperando que as pessoas, olhando, entendam que devam fazer o mesmo. Ou às vezes até falo, mas não monitoro para verificar se estão fazendo da maneira correta ou com a regularidade necessária.

O resultado é que, quando aquela fase de motivação inicial vai passando, eu vou me descuidando da consistência em minhas atitudes, e elas ficam completamente sem eco porque as outras pessoas não as assimilaram direito.

O mesmo acontece em relação ao controle das estereotipias. Não adianta eu conter a nova "mania salivar" se, quando eu der as costas, a secretária da casa (que está substituindo a babá de férias) deixá-la livre para repeti-la inúmeras e inúmeras vezes.

E assim, vira e mexe, fico incomodada quando deixam ela no DVD mais tempo do que acho certo; quando brincam com ela, assistindo a um programa na TV, manuseando o celular, ou sem clima de animação; quando deixam ela sozinha, entretida com suas estereotipias; quando a pegam no colo ao invés de estimulá-la a andar; quando fazem tudo por ela ao invés de estimular sua autonomia...

Ando impaciente com tudo, me achando gorda, horrorosa, chata, mandona, incompetente... Ando preocupada com a minha capacidade para criar e educar 3 filhos. Ando ansiosa por resultados que sei que levam tempo para ser alcançados. Ando em conflito, sem saber o liame existente entre o meu papel de mãe e o de terapeuta da minha filha...

O primeiro passo para a solução desse problema, sem dúvida, perpassa pelo diálogo. E feita esta reflexão, seguida de uma sistematização do turbilhão de coisas que estou sentindo, estarei mais preparada para isso.

sábado, 17 de dezembro de 2011

O início da dieta

Como noticiado no último post, finalmente começamos a aplicar a dieta SGSC em Leti.

É impressionante como demoro para pôr em prática novas providências no tratamento da  minha pequena. Parece que preciso de tempo para digerir todas as informações que se processam em minha cabeça, ainda que as perspectivas de bons resultados sejam grandes.

Fui à consulta com a biomédica no final de outubro. Conversamos por um tempão, ela explicou os porquês da dieta e da necessidade de suplementação vitamínica, sugeriu a realização de alguns exames para detecção de alergias e se colocou à disposição para esclarecimento de dúvidas e ajuda quanto à aquisição de ingredientes para elaboração do cardápio.

No dia da consulta, me pediu que preenchesse um formulário de pesquisa para averiguar o diagnóstico de autismo. Até para preencher o formulario demorei...

Só em meados de novembro, entrei em contato com a farmácia para solicitar os suplementos, preenchi o tal formulário e comecei a ler o livro de Cláudia Marcelino, para poder colocar a dieta em prática.

A medicação chegou no final do mês. Seis frascos, sendo que metade precisa ser administrada duas vezes ao dia, o que totaliza nove administrações de medicação (diga-se suplementação vitamínica) diárias. Ainda bem que Leti não dá trabalho neste aspecto.

Pelo questionário, Leti teria um autismo moderado (grau 3, numa escala de 1 a 4), mas estou disposta a levá-la a novos profissionais que conheci no último curso que fiz, para desenterrar esta questão do diagnóstico outra vez.

Acredito que ela esteja, sim, no espectro, ainda que a psiquiatra tenha afastado a possibilidade, mas quero uma opinião especializada sobre o diagnóstico.

Nesta mesma época, comecei a ler o livro Autismo Esperança pela Nutrição de Cláudia Marcelino, que acabou por me convencer de que estava mais do que na hora de colocar a mão na massa.




Já vinha preparando a família para o início da dieta porque, para mim, o mais difícil seria contornar a boa intenção dos familiares de fazer as vontades da minha princesinha. Mas, para minha surpresa, todos têm sido importantes aliados nessa fase de mudanças, ajudando-me a manter a dieta firme e sem fugas.

Na verdade, não precisamos operar grande mudanças na rotina de Leti porque, por conta do excesso de peso que vem desde muito cedo, sua alimentação sempre foi muito equilibrada. O glúten já havia praticamente desaparecido da sua alimentação, por orientação da nutricionista que a acompanha, e o leite ninho também já havia sido substituído pelo de arroz, sem qualquer reclamação da minha pequena. A diferença importante, de fato, foi em relação aos lanchinhos de fim de semana: os docinhos de aniversário, as tortas de docerias nos passeios dominicais, os cookies da casa da titia e por aí vai...

A solução encontrada foi ter sempre à mão, nestes momentos, uma opção SGSC para não ter que transformar minha filhota numa antisocial.

Mas não tem sido fácil. Começamos a dieta há duas semanas. Anteontem fomos a um aniversário. Preparamos uma torta de chocolate, com cobertura e tudo, e levamos para atendê-la quando ela fizesse o tradicional pedido de boinho.

Ela já vai para festinhas de aniversário com a expectativa de se empanturrar de porcaria, e fica o tempo inteiro pedindo bolo e docinho para comer. É uma maratona tentar entretê-la com brincadeiras, com a decoração da festa, e com as crianças para tirar seu foco da comida.

Nesta última festa, tentamos enquanto pudemos brincar com ela e, quando sua apelação ficou insuportável, fomos para a mesa dar o bolinho trazido de casa.

Quando ela acabou de comer o bolo (que percebeu ter vindo de casa), falou: "- o parabéns", porque sabe que, sempre depois dos parabéns, o bolo da festa é servido.

Se fizermos sua vontade, ela come sem parar, é como se não tivesse sensação de saciedade. E nem posso estar lhe oferecendo, sempre que ela pede, uma opção SGSC, porque não podemos abrir mão do seu controle de peso.

Esse, para mim, tem sido o grande desafio da dieta. Mas estamos seguindo firmes.

Quanto aos exames solicitados, parte deve ser feita num laboratório aqui em Salvador, enquanto o mapeamento de alergias tem que ser enviado para os States.

Entrei em contato com o laboratório que faz o envio do material para os Estados Unidos, e eles me aconselharam a fazer a remessa só em janeiro, por conta do tumulto das transportadoras nesta época de fim de ano. Resolvi, então, deixar para fazer os outros também na mesma época.

O que eu espero da dieta

Minha maior expectativa em relação à dieta é o controle das estereotipias, que parecem se multiplicar a cada dia.

Ela bate com a cabeça na parede e no chão, balança o corpo para frente e para trás com muita frequência, faz o flapping (principalmente quando está excitada), apresenta uma estereotipia sonora (semelhante a um an an an) também muito frequente, pega objetos cilíndricos e os manuseia como se fosse uma massa de modelar que quer transformar em uma cobra (cantando: a cobra não tem pé, a cobra não tem mão...) e tem modificado uma que apareceu recentemente.

No início, ela tirava comida da boca e passava pela perna no "movimento de cobra" que mencionei. Depois passou a fazer a porcaria em mesas e outras superfícies. Em seguida, começou a fazer isso com o suco, mas só esfregando o líquido na mesa. Agora, mesmo sem nada na boca, passa a mão na língua, para retirar saliva, molhando a mesa e esfregando com a mão. E se desliga do mundo.

Essas coisas têm me incomodado.

Espero também uma melhora na qualidade do sono, embora perceba que ela tem dormido bem melhor depois que viemos passar esse tempo na casa dos meus pais. Acho que é porque ela dorme colada comigo. Porque a melhora já vem mesmo antes da introdução dos suplementos. É um aspecto a se observar, principalmente depois da mudança definitiva.

Por fim, espero uma melhora em sua pele, sempre tão suscetível a mudanças climáticas.

Estarei aqui relatando as novidades, e buscando estímulo para me manter firme no meu propósito de seguir na dieta sem fugas, pelo período que seja necessário.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Férias, Mudança e Providências

Estou de férias. Na verdade, licença prêmio. Mas dá no mesmo. O que importa é que estou em casa, com mais tempo para [e disposição reduzida por conta do peso] fazer coisas que preciso fazer neste fim de ano, como: matrículas de Lipe (escola, inglês, futebol); pesquisar escola para Leti; me preparar para a chegada do meu pequeno príncipe; acompanhar, na medida do possível, as obras do apartamento novo; e estudar muito e tomar algumas providências em relação aos (novos) encaminhamentos com minha pequena.

A mudança aconteceu pela metade. Entregamos nosso apê, mas ainda não mudamos para o definitivo que, graças a Deus, parece em fase final de obras, mas ainda vai ter que aguardar montagem de armários. Estamos na casa de minha mãe que, como sempre, nos acolheu de braços abertos e cheia de amor para dar.

O dia da mudança em si foi exaustivo! Já vinha encaixotando algumas coisas há um tempo, mas não tinha noção de quanta coisa ainda faltava. Como não contratamos empresa de mudança, só um carro para fazer o transporte, com uns ajudantes, contamos com a ajuda do meu pai, dos irmãos caçulas de Samir e de um amigo de infância dele para o trabalho braçal. Ficaram de 7 da manhã às 8 da noite no vai e vem com minhas caixas, transportando-as e estudando a melhor maneira de armazená-las no pouco espaço disponível (não submetido a reformas) no nosso apê.

Ao final do dia, apesar de todos super hiper mega exaustos, deu tudo certo!

E assim se encerrou o prazo de 3 anos, 6 meses e 6 dias que vivi no Edifício Imperial Boulevard, onde conheci muita gente que certamente continuará fazendo parte da minha vida, e, em especial, minha queridíssima amiga Carol, que parece estar na minha vida desde que me entendo por gente.

É claro que estamos muito felizes de podermos nos mudar para um apartamento maior, com uma infraestrutura melhor para as crianças, mas os momentos bons que passamos ali nos deixaram com o coração apertado no momento da mudança.

Mas a vida é assim mesmo, e o ciclo que tínhamos que concluir lá se fechou, o que, todavia, não significa que os vínculos ali constituídos serão apagados de nossa vida. Principalmente porque estaremos morando bem pertinho de lá.

E, em relação às providências, refiro-me a algumas mudanças nos encaminhamentos dados à vida da minha princesa.

Já havia falado aqui sobre a dieta SGSC e, finalmente, comecei a fazê-la com Leti; tanto a parte da dieta em si, como a de suplementação vitamínica. Encontram-se pendentes só os exames de alergia que, por orientação do laboratório, encaminharemos para os EUA no início de janeiro. Em breve, estarei fazendo um post específico sobre esta fase inicial.

Também fiz visitas a algumas escolas porque tenho pensado muito sobre a manutenção dela na escola em que estuda. Mas essa é uma temática longa e tormentosa, que também será objeto de um post específico.

E, por fim, estamos iniciando o trabalho terapêutico com uma nova profissional. Ainda em fase de avaliação, mas que me parece que renderá excelentes frutos. Estou muito entusiasmada e em breve estarei retomando o assundo.

Pois é. O post foi só para instigar a curiosidade dos leitores.

Em breve, cenas dos próximos capítulos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mais notícias

Brincando na casa de Binha no domingo (13/11), peguei um brinquedinho, por acaso, que estava perdido no meio dos equipamentos eletrônicos do home, só para não ter que me levantar para ir buscar um no lugar correto. É um triângulo vermelho, em três dimensões, que, quando aberto, mostra uma galinha em seu interior. Faz um barulhinho quando aperta, tem o desenho da galinha do lado de fora... É interessante, porque trabalha cor, forma geométrica, motricidade, animais...

Mostrei-o a Leti, e quando ia prguntar pelo animal do brinquedo (que ela está cansada de conhecer e imitar o som), mas ela se antecipou e disse: tiango (triângulo).

Oh, quase caí pra trás, é claro!

Meu Deus! Minha filha é uma caixinha de surpresas, que me surpreende a cada dia (sem querer ser - e já sendo - redundante).

Nunca imaginei que ela pudesse reconhecer uma forma geométrica.

_________________________________________

Dia 17/11, depois do tradicional almoço com titia Bida, esta começou a puxar a temática do natal, perguntando a Leti se lembrava do natal, o que ia querer de presente etc etc...

Do nada, Leti disse: Jesus. E acrescentou: parabéns Jesus...

Sinceramente, não sei de onde saiu a associação. Há tempos não conversamos sobre natal e, principalmente, sobre a sua origem...

Só Freud explica.

_________________________________________


Em meio ao tumulto da mudança, pedi a Val, sua babá, que ficasse com ela o máximo de tempo brincando no play, para ela não ficar na zona que virou nosso apê no dia D.

Mas ela fez cocô e Val subiu para trocar sua fralda.

Quando me viu, já no quarto todo desorganizado, com tudo espalhado por todos os lados e o colchão no lugar onde ficava sua cama, ficou excitadíssima, chamando minha atenção.

Logicamente, não resisti, dei uma pausa nos empacotamentos, e fui fazer um denguinho em minha pequena.

Cheguei perto e perguntei: - o que você quer, meu amor?

Ela, sem pestanejar, respondeu: - "qué beso". Pegou meu rosto com as duas mão e levou ao encontro do seu rosto, encostando sua boca na minha, para me beijar. Me derreti toda e passei o fim de semana espalhando para quem quisesse ouvir a demonstração de carinho da minha princesinha linda.

___________________________________________


E por falar em carinho, num dia desses, quando eu ainda tinha a minha casa, eu estava no quarto com Lipe, conversando amenidades, quando Binha me ligou. Falava sobre meu dia e, lá pelas tantas, comecei a me lamentar, falando do cansaço, de dores na coluna e nos pés.

Do nada, Lipe saiu do quarto, sem me dar tempo de perguntar para onde ia.

Daqui a pouco volta ele com um creme hidratante nas mãos, e começa a passá-lo em meus pés, preparando-os para uma massagem.

Não preciso nem dizer que o melhor não foi nem a massagem em si, mas sentir o cuidado do meu pequeno, ao perceber meu estado de calamidade.

Lindo!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...